sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Da minha coleção...



Kaelou é um maluco curta-metragem francês em 3D, realizado por Rémi Chapotot e co-produzido pelos estúdios de animação Cube-Creative e Qualia & Co. Trata-se de um episódio piloto para uma série de TV sobre as aventuras de um sapo com problemas de esquizofrenia e os seus - igualmente disfuncionais - companheiros de brincadeiras. Diverta-se!

(shirley paradizo)

Estréia: Os Simpsons - O Filme

Nem sempre que nossos sábados à noite são coroados com bons filmes na TV. E, quando isso acontece, é preciso comemorar! Em homenagem à estréia do longa animado Os Simpsons - O Filme no Telecine Premium (dia 30, sábado, 22h) regastei essa matéria que escrevi para a revista MONET, em agosto de 2007 (edição 53), na época em que a 18ª temporada estreava no canal Fox e filme nos cinemas nacionais. O texto relembra os melhores momentos de Bart, Homer e companhia.

Na tela grande >> Após 19 longos anos de espera, a família de pele amarela mais querida da TV finalmente alcançou as telas de cinema em 2007. Em Os Simpsons - O Filme, Homer provoca um grande desastre ecológico em Springfield ao jogar no lago um silo com fezes de porco. Seu ato deixa Marge bem chateada e os vizinhos sedentos por vigança. Afinal, a cidade é colocada em uma espécie de quarentena e envolta em uma gigantesca bolha. Para escapar da morte certa, a família Simpsons consegue encontrar um meio de escapar da "prisão" e sai em busca de qualquer coisa que possa salvar seu lar. Enquanto isso, a calamidade chama a atenção do presidente dos EUA, Arnold Schwarzenegger, e do chefe da Agência de Proteção Ambiental, Russ Cargill, que decidem colocar em prática um plano diabólico para resolver definitivamente a questão ambiental em Springfield.

O início >> Criada pelo cartunista Matt Groening, a animação Os Simpsons apareceu pela primeira vez na TV como uma série de 48 curtas no programa The Tracey Ullmam Show, entre 1987 e 1989. A atração tinha meia hora de duração e as vinhetas de 30 segundos entravam no ar entre as trocas de cenas e quadros. Estava na cara amarela, nos olhos esbugalhados e nas mãos de quatro dedos que a série era diferente de todas as outras que retratavam o cotidiano de uma família engraçadinha, como Os Flintstones e Os Jetsons. Na aventura de estréia, Boa Noite, os pais Homer e Marge desejam bons sonhos para seus pimpolhos, Lisa e Bart. O que seria uma ação corriqueira gera várias confusões, com o menino querendo saber por que existem pessoas más e a garota com medo de ser mordida por insetos. O sucesso foi imediato e logo o clã partiu para uma carreira-solo, estreando um especial de fim de ano com duração de 30 minutos, O Prêmio de Natal, em dezembro de 1989. Desde então, os Simpsons não saíram mais de cena. Hoje, o programa é o desenho de maior longevidade na história da TV, sendo visto em mais de 100 países. Tem, ao todo, 18 temporadas e mais de 400 episódios.

O que é >> Satírico ao extremo, Os Simpsons critica a sociedade norte-americana, tendo como alvo principal a classe média. A série é focada nas aventuras de uma típica família suburbana do meio-oeste dos EUA, que mora em uma cidade fictícia chamada Springfield. O casal, Homer e Marge, tem três filhos: Bart, Lisa e Maggie. Completam a família o cachorro Ajudante de Papai Noel e o gato Bola de Neve II — houve um Bola de Neve I, que já morreu. A animação conta ainda com um grande número de coadjuvantes, desde parentes da família, personagens menores permanentes ou eventuais e até celebridades, que visitam a cidade com certa freqüência. Já passaram por lá atores, políticos, esportistas, cantores e bandas.

Springfield >> Ninguém sabe em que Estado americano fica Springfield (existem 121 condados com este nome nos EUA). Sabe-se, porém, que a fictícia cidade foi fundada em 1796, por Jebediah Springfield. Ela possui uma usina nuclear, uma igreja protestante, duas escolas primárias, uma universidade, museus, um pequeno estádio de beisebol, um aeroporto, um porto, um cassino, um cemitério, um bairro de periferia, restaurantes, o famoso bar do Moe e a pista de boliche de Barney Gumble. A cidade mais próxima é Shelbyville, fundada por Shelbyville Manhattan, e é a grande rival de Springfield. Conta-se que Manhattan fundou sua própria cidade porque queria um lugar onde os homens podiam casar com suas primas, mas Springfield rejeitou tal idéia.

Episódios >> No começo, o traço de Os Simpsons era tosco e com acabamento precário. Cada vinheta demorava quatro semanas para ficar pronta. Hoje, os personagens têm um visual mais sofisticado e moderno, sendo preciso produzir 24 mil desenhos e gastar até oito meses de trabalho, a um custo de US$ 1 milhão. São dezesseis roteiristas, dois comediantes, redatores de piadas e de publicidade e até um ex-bioquímico (afinal, Homer trabalha em uma usina nuclear). Com o roteiro concluído, o material é enviado para a Coréia, onde é feita a animação. Depois, tudo retorna aos EUA, hora de incluir os efeitos sonoros, vozes e músicas (a série conta com uma orquestra de 35 instrumentos e um compositor próprio).

Família popstar >> A febre em torno dos habitantes de Springfield rendeu capítulos inusitados também fora da tela. Os Simpsons se tornaram ícones da cultura pop, inspirando diversas séries animadas, como American Dad e Uma Família da Pesada. Em 2001, o grunhido de Homer, "D’oh", virou verbete do dicionário The Oxford English e Bart foi eleito pela revista Time como uma das 20 pessoas mais influentes da década passada. Uma infinidade de produtos com a marca Simpsons começou a tomar conta das prateleiras das lojas: jogos de tabuleiro, bonecos, gibis, games, guloseimas, peças de vestuário, papelaria, livros que discutem conceitos filosóficos a partir da conduta das personagens e quatro álbuns com as canções que embalam as histórias — apenas o primeiro deles, Sing the Blues, foi lançado no Brasil. As nove primeiras temporadas e alguns episódios especiais podem ser encontrados em DVDs.

Referências >> O que diferencia a série de outras no gênero, além do humor e das boas doses de polêmica e crítica, são as inúmeras referências a filmes, séries de TV, livros e até pinturas famosas. Essas alusões à cultura pop são inseridas no seriado com os mais diversos propósitos, desde homenagear, parodiar ou até mesmo caçoar os grandes sucessos. Vários clássicos e sucessos do cinema tiveram espaço reservado na série, como A Guerra dos Mundos, O Código Da Vinci e O Silêncio dos Inocentes. Séries de TV também não escapam do humor de Os Simpsons. Arquivo X, Jornada nas Estrelas, 24 Horas, entre outros, já ganharam uma paródia no seriado. Os quadrinhos também têm sua vez. Homer já ficou verde de raiva, como o Incrível Hulk, e Bart freqüentemente usa a fantasia de Bartman (uma referência ao homem-morcego).

Dia das Bruxas >> Os episódios de Halloween viraram marca registrada. Batizado de Treehouse of Horror, o especial foi exibido pela primeira vez nos EUA em 25 de outubro de 1990, durante a segunda temporada, e era dividido em três minicapítulos. O episódio agradou aos fãs e, desde então, tem espaço garantido em todas as temporadas. Eles podem trazer histórias originais ou paródias a filmes de terror ou suspense, como o capítulo B.I. Bartificial Intelligence, da 18ª temporada, em que Bart fica em coma e Homer e Marge decidem substituí-lo por um garoto-robô.

O filme >> Este ano a família amalucada chega à maioridade na TV com a 18ª temporada e comemora a marca de 400 episódios. Os Simpsons também completam 20 anos e festejam a data com a esperada versão cinematográfica. A equipe por trás da série havia pensado nisso há uma década. O episódio Kramp Krusty, inclusive, estava planejado para ser um filme, porém houve problemas para estender a história para o tempo de duração normal de um longa, e o capítulo acabou virando uma season premiere. Só em 2004 o projeto começou a ganhar forma. E melhor, a verve debochada de Homer e companhia está pra lá de afiada, abrindo espaço para doses maiores de humor negro e piadas mais adultas.

Confira abaixo (ou clique aqui) uma entrevista com o criador de Os Simpons, Matt Groening, feita por Alexandre Maron para a revista Monet e que foi publicada nesta mesma matéria.

Exibição: dia 30, 22h, Telecine Premium; dia 31, 20h, Telecine Pipoca (versão dublada)

Indicação: a partir dos 13 anos
(shirley paradizo)

*Texto de Shirley Paradizo, publicado originalmente na revista Monet, em agosto de 2007, edição 53

Entrevista: Matt Groening

O que as pessoas podem esperar do filme?
Nossos advogados acharam uma brecha legal e vamos usar apenas pedaços de episódios antigos... Estou brincando. Temos um programa de TV que ainda está no ar e, para convencer as pessoas a pagarem um ingresso, a história é maior e a animação, mais ambiciosa.

É difícil fazer um programa como esse, com 20 anos?
Temos um time fantástico. Começa com James L. Brooks, ganhador de Oscars e criador de programas de TV. Ele sempre disse que a missão dos Simpsons seria buscar emoção e fazer as pessoas esquecerem que estão vendo um desenho animado.

Ter liberdade de criação foi determinante para o sucesso?

Ajuda muito termos uma audiência enorme. Ninguém se mete a mexer no show. Mas, se a gente perdesse o pique, haveria alguma preocupação. Até aqui, nos deixaram em paz, o que deixa todo mundo mais feliz.

A série tem um fundo político?
Sim. E o filme também será. Há política em tudo que fazemos. Não acho que exista um ponto de vista monolítico. Tenho minhas posições, que são liberais, mas trabalho com republicanos e as vozes deles são ouvidas.

Os Simpsons não envelhecem nas histórias?
Você não quer ver o Bart tendo filhos. Uma das melhores coisas dos desenhos animados é que eles não envelhecem. Esses especiais que reúnem elencos de séries antigas são assustadores. A gente vê como todo mundo está diferente. Fizemos uns episódios em que saltamos para o futuro. De vez em quando, trapaceamos fazendo os personagens agirem como se fossem mais velhos. Lisa tem 8 anos e já teve vários romances. Algo que a maioria das crianças dessa idade não costuma ter.

Os personagens tiveram impacto na sociedade?
Me perguntaram se eu acho que Os Simpsons são contracultura. Espero que sejam. Quero que sejamos uma alternativa para o padrão. James Brooks escreveu que nós tentamos dizer às pessoas que elas não estão sozinhas. Me identifico com isso. Como sou do contra, anti-autoridade, costumo mostrar que as pessoas no poder não têm sempre as melhores intenções. Algumas vezes, essa mensagem passa fácil. Noutras, é desencorajada. Tivemos vários presidentes durante a vida dos Simpsons. Parece que as pessoas estão abrindo suas bocas de novo e falando o que pensam e isso é muito bom. Mas nós sempre fizemos isso.

(alexandre maron)

* Entrevista realizada por Alexandre Maron para e publicada na revista Monet, de agosto de 2007 (edição 53)

Buffy animada?

Há alguns anos, o criador de Buffy - A Caça-Vampiros, o Joss Whedon, criou um projeto de uma animado da cultuada série, cancelada em 2003. O piloto de 4 minutos foi dublado por todo o elenco, menos a Sarah Michelle Gellar, que alegou estar muito ocupada com a sua carreira cinematográfica. No lugar de Gellar, entrou Giselle Loren, que já havia dublado Buffy no videogame.

A idéia, porém, foi rejeitada, pois alegou-se que o desenho teria ficado muito infantil. Com o fracasso, Whedon e o quadrinista Jeph Loeb, que também estava envolvido no projeto e ainda hoje é o responsável pelo HQ da heroína, seguiram outros caminhos e a amostra de como ficaria o desenho jamais chegou ao público. Eis que agora o animado cai no rede, de forma bem misteriosa. Seria uma tentativa de para regastá-lo, testando-se a opinião dos fãs? Vamos torcer para que sim, pois a animação parece bem divertida. Confira abaixo.



(shirley paradizo)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Novas de Rapunzel

As novidades sobre os futuros clássicos Disney não param de chegar. E o primeiro conto de fadas do estúdio, Rapunzel, feito totalmente em 3D tem novidades reveladas pelo seu diretor. Glen Keane destacou a primeira princesa Disney digital não terá seu "cabelo fotorealista na animação, mas um cabelo mais apetitoso. Para isso, estão sendo feitos diversos testes para inventarem novas técnicas". O diretor desde o início do projeto vem prometendo aos fãs trazer o calor e o sentimento intuitivo da animação tradicional (2D) para o animado em CGI.

O animado promete transportar o público para um fabuloso mundo de fantasia de computação gráfica com a icônica torre, uma bruxa malvada, um galante herói e, é claro, a misteriosa garota com longas tranças douradas. Nessa nova versão do famoso e mais macabro conto dos irmãos Grimm, dois adolescentes do mundo moderno são transportados para a história de Rapunzel por uma bruxa frustrada e cansada dos finais felizes dos contos de fadas.

Com muita aventura, emoção, humor e cabelo... muito cabelo, Rapunzel deve soltar suas tranças douradas nos EUA no Natal de 2010 em Disney Digital 3-D. No Brasil, o animado ainda não tem uma data para estrear nos cinemas.

(shirley paradizo)

Marvel no mundo animê

E os heróis da Marvel vão ganhar versões em animê. A editora e a produtora japonesa Madhouse (do fantástico Paprika), assinaram contrato para criarem juntas uma linha de séries animadas para a TV com os super-heróis Marvel. Diferente dos desenhos já existentes da Casa das Idéias, porém, estes terão o estilo dos animados japoneses. A primeira das quatro séries deverá ir ao ar pelo canal japonês Animax em 2010, com os personagens Wolverine e Homem de Ferro. Os detalhes ainda não foram divulgados.

Vale lembrar que colaborações entre a Marvel e empresas japonesas não são novidade. Nos quadrinhos e na literatura a editora sempre tentou exportar seus heróis ao país nipônico com resultados variados. Teve até uma série de televisão do Homem-Aranha japonês... Ok, bizarro, eu sei, mas tudo evoluiu batante desde então... Em contraponto, destaco que o Madhouse recentemente assinou o bom DVD Batman - O Cavaleiro de Gotham. Por isso, podem esperar coisas bem bacanas vindo dessa parceria.

(shirley paradizo)

Seu filho vê: O Urso na Casa Azul

Em O Urso na Casa Azul, o urso laranja Bear e seus amigos convidam as crianças para entrar no fantástico mundo da Casa Azul e "conversarem" sobre um assunto relacionado ao cotidiano das crianças, sempre de forma interessante e por meio de muitas histórias, canções e brincadeiras.

Palavra de especialista: "Cada episódio desenvolve uma história, encenada por puppets, que trata de questões que fazem parte de dia-a-dia da criança, ensinando conceitos básicos de higiene, educação, sociabilidade e convivência. Além do conteúdo ético, a série também ensina os pequenos a lidar com medos comuns à idade, como o de ir ao médico e do escuro." – Maria Beatriz Telles, psicopedagoga, coordenadora pedagógica de escola de educação infantil, consultora pedagógica em escolas e em empresas que desenvolvem conteúdos infantis.

Exibição: segunda a sexta, 6h, Disney

Indicação: a partir dos 2 anos

(shirley paradizo)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Bolt tem estréia antecipada

Depois do anúncio de que Harry Potter e o Enigma do Príncipe foi adiado para 11 de novembro deste ano para apenas 17 de julho de 2009, a Disney entrou em ação. O estúdio decidiu adiantar a estréia de Bolt: Supercão para 21 de novembro e, assim, ocupar o espaço deixado pelo bruxo e companhia. Com certeza, a decisão da Disney foi aproveitar o feriado de Ação de Graças para seu animado canino ter a chance de lucrar mais do que o previsto.

Outra novidade revelada recentemente é que a Disney divulgou que está desenvolvendo um game inspirado na animação e que será lançado em novembro para as plataformas Wii, Xbox 360, Playstation 3, PlayStation 2, Nintendo DS e PC. E mais, a empresa também inaugurou um site oficial, o Disney Animation, que traz imagens dos principais amigos de Bolt.

O animado gira em torno de Bolt (voz de John Travolta), um cachorro que é o astro de um programa de TV no qual usa seus superpoderes para lutar contra o crime. Sem nunca ter visto o mundo fora do estúdio, ele acredita que é um herói de verdade e não imagina que a garotinha Penny (Miley Cyrus), sua dona no show, é apenas uma atriz contratada. Quando, acidentalmente, ele é enviado a Nova York e tenta usar seus poderes, descobre que não passa de um animal comum. Ao lado de seus novos amigos - a gata abandonada Mittens e o hamster obcecado por TV Rhino, Bolt embarca em uma jornada para voltar para casa.

(shirley paradizo)

Estréia: Metrópolis

Baseado no mangá do mestre Osamu Tezuka, de 1949 (que, por sua vez, se inspirou no filme alemão homônimo de 1927, de Fritz Lang), Metrópolis foi adaptado para o cinema por Katsuhiro Otomo, o criador do aclamado Akira, que atualizou o enredo para o público atual. Também conhecido por Osamu Tezuka's Metropolis, o animê se passa na cidade retro-futurista que dá nome ao título do desenho, habitada por humanos e robôs.

As máquinas fazem parte de uma uma casta inferior e são usadas basicamente como trabalhadores. Odiadas por grande parte da população, normalmente não conseguem empregos, vivem na mais abosulta miséria e, por isso, costumam se rebelar.

A cidade é praticamente comandada por uma oraganização chamada Marduques, que aparentemente tem como missão eliminar robôs problemáticos e ajudar no desenvolvimento da cidade. Na realidade, a tal empresa liderada pelo Duque Reed e seu braço direito Rock está construindo uma arma chamada Zigurate, que tem como objetivo causar descontrole das máquinas. A poderosa arma é apresentada à população como mais uma melhoria para sua cidade.

Durante a pré-inauguração de Zigurate, chegam à Metrópolis o detetive Shunsaku Ban e seu sobrinho Kenichi. Os dois estão na cidade para descobrir o paradeiro do Dr. Laughton, um cientista maluco que está sendo caçado - vejam só! - por tráfico de orgãos. O que eles não sabem é que Laughton está trabalhando para o Duque Reed na construção de um andróide que será usado como uma espécie de ‘chave’ para o funcionamento do Zigurate. Ele foi desenvolvido à imagem e semelhança de sua falecida filha, Tima. Um incêndio acontece. Kenichi e Tima se perdem nos confins da cidade e são perseguidos implacavelmente por Rock.

Metrópolis possui uma série de tramas paralelas, mas nada muito complexo nem confuso a ponto de comprometer o filme como um todo. Ao contrário, deixa a história ainda mais interessante. O ponto forte da animação é o espetacular visual (não estou exagerando, é magnífico mesmo!), que combina técnica clássica com a mais moderna tecnologia digital, de forma harmoniosa e sempre eficiente. Tudo graças à direção do veterano Rintaro (pseudônimo de Shigeyuki Hayashi), que foi discípulo de Tezuka e diretor de inúmeros animês clássicos ao lado de seu mentor.

Exibição: dia 27, quarta, 22h, Cinemax

Indicação: a partir dos 14 anos


(shirley paradizo)

Criança & TV: Relação complicada?

Recentemente, a Unicamp com o apóio do Fórum Gestão Participativa na Educação em Amparo reuniu uma equipe de pesquisadores e desenvolveu Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da Unicamp, um projeto que abre espaço para a discussão de conteúdos que envolvem o conhecimento e a formação educacional dos alunos. Nesse sentido, a relação entre a televisão/criança vem recebendo atenção especial por parte desses educadores, uma vez que a TV é considerada o veículo de comunicação que exerce maior influência sobre nossos filhos. Como encarar este fato ? Como impedir que palavrões, cenas de sexo e violência cheguem até nossas crianças? Simplesmente desligando o aparelho e praticando uma espécie de censura dentro de casa?

A professora Ester Cecília Fernandes Baptistella, psicologa e mestre em Psicologia Educacional pela Faculdade de Educação da Unicamp e uma das integrantes do Fórum, acha que essa medida, a de desligar o aparelho, não vai resolver o problema. Em entrevista que concedeu ao Jornal da Rádio Cultura, no ano passado, ela afirmou que a TV não é uma "atividade cognitiva de baixo nível, porque, para se entender a programação, é necessário refletir sobre a mesma e essa reflexão requer uma inteligência".

Segundo a psicóloga, quando se fala de televisão é preciso antes esclarecer alguns mitos que envolvem a relação criança/TV, como a "idéia equivocada de que a criança na frente do aparelho é um ser totalmente passivo, pronta para receber influência direta da TV, com conseqüências em nível psicológico e comportamental. E as pesquisas mostram que a coisa não é bem assim, porque de tudo o que acontece na vida, a criança tem uma idéia. Uma idéia que reflete a inteligência dela, que reflete o nível cognitivo que ela tem".

De acordo com as pesquisas européias e norte-americanas, o impacto da TV depende de: quem assiste à TV, como se assiste e o que se assiste. A psicóloga traçou um roteiro de orientação aos pais com o objetivo de estimular o diálogo com seus filhos durante a permanência dos mesmos diante da telinha, para que eles possam refletir sobre a programação que assistem. Confira abaixo:

1. Limite o tempo de uso - Quando as crianças ficam muito tempo assistindo à televisão, deixam de realizar outras atividades importantes ao seu desenvolvimento, como brincar, conversar com outras crianças, exercitar-se etc. Incentive-as a participar dessas atividades, se possível, acompanhe-as. O ideal é que as crianças assistam no máximo de 2 a 3 horas diárias de programação, dando preferência a programas específicos de sua faixa etária.

2. Conheça o programa - Pesquisas indicam que a maioria das crianças assistem programação imprópria para a sua idade, com inúmeras cenas de sexo e violência. É importante planejar com as crianças o que assistir na TV e esclarecer o motivo da proibição. Lembre-se, a TV não é troféu, recompensa nem babá eletrônica.

3. Ajude a criança a expressar opinião - Essa é uma tarefa difícil que deve ser trabalhada tanto na família quanto na escola. O diálogo constitui-se no fator crucial para o exercício de relações pautadas no respeito mútuo e na cooperação. É importante que as crianças aprendam cedo a exercer o direito de falar sobre o que pensam, sem que suas reclamações sejam ouvidas e entendidas como queixas ou lamento. Além do mais, a criança deve lidar com as situações da TV e da mídia em geral, para poder refletir sobre ela.

* Texto originalmente publicado no site do governo de Amparo. De acordo com a página, as dicas de cuidados básicos para os pais foram publicadas no jornal O Estado de S.Paulo, em intitulada Horário Nobre, na qual a psicóloga Ester Cecília Fernandes Baptistella foi uma das especialistas ouvidas.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Estréia: Hunter x Hunter

Depois de quase três anos com reprises e mais reprises dos primeiros 70 episódios, os fãs de Hunter x Hunter podem comemorar. A partir do dia 27, quarta, o canal Animax começa a exibir novos episódios do animê: Greed Island e Greed Island Final. Com um total de 22 episódios - 8 da primeira safra e 14 da segunda -, mostra Gon e Killua continuam sua jornada atrás das pistas deixadas pelo pai do protagonista, até que caírem caem no jogo que dá nome aos especiais. Nesta nova realidade, a dupla irá conhecer novos aliados e inimigos, envolvendo-se em intensos treinos e criando novos golpes. A seguir, saiba o que vai acontecer em cada uma dessas novas fases.

Hunter x Hunter: Greed Island (8 episódios) - Após os conflitos com o Líder da Aranha, Gon e Killua regressam para o leilão de York Shin com intuito de tentar uma sorte maior em Greed Island. Uma vez dentro do local, Gon e Killua encontram Biscuit - a mestra de Wing - que oferece ajuda e treinamento para os dois. Uma vez bem instruídos e preparados, ambos estão aptos a enfrentar e derrotar quaisquer monstros e combatentes ao longo do jogo.

Hunter x Hunter: Greed Island Final (14 episódios) - Gon ainda está à procura de seu pai e, para alcançar tal objetivo, necessita vencer o jogo de Greed Island. Essa parte irá abranger as aventuras de Gon, Killua e Biscuit ao longo de todo o jogo.

Exibição: segunda a sexta, 7h30, 11h e 14h; e sábados, 11h, Animax

Indicação: a partir dos 13 anos

(shirley paradizo)

Estante: Futurama - A Besta de um Bilhão de Traseiros

Futurama: The Beast with a Billion Backs (EUA, 2008) · 88 minutos · Criado por Matt Groening · Direção: Peter Avanzino · Elenco vozes: Billy West, Katey Sagal, John DiMaggio, Maurice LaMarche, Tress MacNeille, Dan Castellaneta, David Cross, Stephen Hawking, Brittany Murphy

Os esquisitões Fry, Leela e Bender retornam para uma mais aventura inédita em DVD. Dessa vez, o trio entra em ação contra um enorme monstro que ameaça a vida na Futurama - A Besta de um Bilhão de Traseiros (R$ 29,90, Fox). A criatura aparece depois que os Portões de Garash se abrem e seus tentáculos começam a se enroscar nos pescoços dos terráqueos. A intenção do polvo gigante é unir-se aos humanos. Fry é o primeiro a ser pego e torna-se o líder de um movimento para unir todos os terráqueos com a criatura. Kif morre ao ir explorar a criatura e Amy fica inconsolável. Ela e Leela fogem com Zap Brannigan para escapar da "união" e um triângulo amoroso é criado. Bender se junta à secreta Liga dos Robôs. Uma verdadeira confusão.

Criada por Matt Groening (o mesmo de Os Simpsons), Futuruma estreou em episódios de meia hora nos Estados Unidos em 28 de março de 1999, e foi cancelada, em 2003, após quatro temporadas (transmitidas em cinco) e 72 episódios. Em 2005, a animação voltou a ser produzida, mas em formato de longa-metragens direto para o mercado de DVDs.

A história gira em torno de um entregador de pizza, Fry, que foi congelado acidentalmente na véspera do Ano Novo de 1999. Quando acorda da hibernação, depara-se com um um mundo completamente diferente, mil anos à frente, habitado por humanos, alienígenas estranhos, robôs ameaçadores. Ele trabalha agora para a Planet Express, um serviço de entregas intergaláctico que transporta pacotes para todos os cinco quadrantes do universo. Entre seus companheiros está a capitã da nave da empresa, Leela, uma ET durona de um só olho, e Bender, um robô com muitos defeitos humanos: bebe, fuma e pratica pequenos roubos. Ele também tem uma fraqueza por pornografia robótica (que consiste principalmente em diagramas de circuitos).

A bordo também se encontra o Professor Farnsworth, que é um cientista excêntrico cujas idéias o caracterizam como sendo algo entre um gênio e um doido varrido; Hermes Conrad, que é um burocrata autorizado, cuja frieza para com a tripulação é suavizada pela preocupação com suas vidas - mas somente porque ele não quer apresentar um monte de formulários de "morte na entrega", caso eles não voltem de uma missão - e Amy Wong, uma tripulante cujos deveres incluem ser bonitinha e paquerar o Tenente Kif Kroker.

Extras: Comentário em áudio; Futurama: A aventura perdida; Animação de storyboard; Cenas excluídas; Featurette; Futuerros; Modelos 3D; Uma história breve da Bola da Morte; Trailer do jogo de Bender

Indicação: a partir de 14 anos

(shirley paradizo)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ariel na juventude

Vazou na internet um vídeo com os 5 minutos iniciais da nova animação protagonizada por A Pequena Sereia: A História de Ariel. O animado não vai ser lançado nos cinemas, sai direto em DVD no dia 1º de outubro. A prequel do clássico de 1989 mostra a sereia em plena fase da adolescência, antes de ganhado pernas e conhecido seu príncipe encantado. Apesar de ainda jovem, Ariel já dava indícios da "menina" de personalidade forte e que não perdia a chance de contrariar o pai, envolvendo-se em confusões.

Depois que a esposa do Rei Tristão morre, ele impõe uma nova lei em seu reino, proibindo a música. Mas a pequena Ariel é apaixanada por canções e descobre uma danceteria secreta, onde pode cantar e dançar. Agora, ela se vê em um grande dilema: esconder sua paixão pela música ou contar ao pai e colocar tudo a perder. Confira o vídeo abaixo.



(shirley paradizo)

Entrevista: Neil Gaiman

Ao escrever o texto sobre a dica do livro Stardust - O Mistério da Estrela, lembrei de uma entrevista bem bacana que o ex-diretor de redação da Monet, Alexandre Maron, fez com Neil Gaiman, na época em que o filme estava sendo lançando nas telas de cinema por aqui. Aqui vai e na íntegra!

Preto. Camisa, calça e sapato. Tudo preto. Você sempre vai encontrar Neil Gaiman, 46, vestido do mesmo jeito. Ele economiza criatividade nas roupas, mas viaja nas histórias sobre mundos mágicos e deuses vencidos. Fomos encontrá-lo para um bate-papo em Londres sobre Stardust, o filme, e seus novos trabalhos.

Qual era seu objetivo ao criar Stardust?
A intenção era escrever um conto de fadas para adultos. Mas a associação de bibliotecários dos EUA classificou Stardust como o livro adulto que as crianças queriam ler. E o livro foi migrando para prateleiras diferentes. Stardust virou um filme para a família, mas não no sentido de ser inócuo. Eu não queria aquele tipo de filme que faz tudo para não desagradar a ninguém. Mas, sim, um filme que tivesse algo para várias idades. Minha filha não gosta de cenas de beijo. Mas adora os piratas e as bruxas.

Por que alguém leria Stardust depois do filme?
Porque é diferente. É um livro, foi escrito como um conto de fadas para adultos. O que foi divertido foi encontrar equivalentes fílmicos para algumas situações. Por exemplo, uma das delícias do livro é a forma como os personagens não conseguem se encontrar no clímax. Mas eu me lembro da primeira vez em que eu ia fazer o filme com a Miramax e eles disseram: vamos ter que colocar todos na mesma sala. Precisamos de um clímax. É para isso que você vai ver os filmes. Se a pessoa vai ao cinema e não vê isso, fica frustrada. Há prazeres que você tira somente dos livros. É uma experiência diferente.

Como está a produção de Morte?
Tudo parece estar caminhando. Mas fica indo e vindo. Estamos tentando aprovar elenco e orçamento. Estou curtindo porque Guillermo del Toro é meu produtor executivo. Ele me convidou para ficar duas semanas com ele no set de Hellboy 2 e segui-lo como uma sombra. Demorei um segundo para decidir.

Qual é a melhor versão de Stardust? O filme ou o livro?
O que eu quero é um mundo em que as pessoas venham falar comigo depois do filme e digam: eu amei o filme; Charlie Cox está ótimo; Michelle Pfeiffer é assustadora; De Niro era engraçado; vou comprar o DVD; vou levar meus filhos... Mas o livro era melhor [risos].

* Entrevista realizada por Alexandre Maron e publicada originalmente na revista MONET, em novembro de 2007, edição 56.

Estante: Stardust - O Mistério da Estrela

A parceria entre Neil Gaiman e Charles Vess já rendeu bons frutos, entre eles Sonhos de uma Noite de Verão, uma das melhores uma das melhores tramas de Sandman e a primeira a história em quadrinhos a receber o World Fantasy Award. Em Stardust - O Mistério das Estrela (R$ 28, Rocco), a dupla repete a dose. A princípio, a obra foi concebida originalmente por Gaiman como uma HQ, mas Vess achou que o enredo se sairia melhor se mudasse o formato para um livro ilustrado para adultos. E assim foi. O resto é conto de fadas, e dos bons!

O jovem Tristan Thorn vive em uma pequena vilarejo vitoriano chamada Wall (Muralha) e se apaixona por Victoria, a moça mais bonita das redondezas. Para provar seu amor, ele promete à amada lhe dar de presente uma estrela cadente, iniciando uma jornada em fronteiras proibidas para seu povo. Afinal, do outro lado do muro há uma terra repleta de bruxaria, seres fantásticos e perigos. Durante a viagem, ele faz amizade com uma estranha criatura e encontra a estrela. Para sua surpresa, o astro, na verdade, é uma garota e, se ela for levada para sua aldeia, perderá toda a magia, transformando-se apenas uma pedra que caiu do céu.

Para compor sua história medieval, Gaiman optou por uma "escrita antiquada", usando caneta tinteiro e um caderno de capa de couro. Tudo para evocar os costumes dos escritores do início do século 20, como Lord Dunsany e Hope Mirrlees. E, sim, o texto é bastante poético, mesclando momentos de pura magia a passagens um tanto duras.

Essa nova edição da Rocco não traz (infelizmente) as belíssimas pinturas criadas por Vess para a história nem as intermináveis e sofríveis "notas do tradutor" (e este é o lado bom) da edição original publicada pela Conrad no ano passado e republicada pela Pixel Media (R$ 49,90). Bem, não importa por qual das edições você vai optar. Desde que escolha uma delas. Stardust é o tipo de obra indispensável em sua coleção.

Stardust no cinema

No ano passado, o livro de Gaiman ganhou uma adaptação para o cinema e está disponível em DVD (R$ 44,90, Paramount). Stardust leva a assinatura do diretor inglês Matthew Vaughn (de Nem Tudo É o que Parece) e conta com Claire Danes, Charlie Cox, Sienna Miller, Ricky Gervais, Jason Flemyng, Peter O'Toole, Michelle Pfeiffer, Robert De Niro, Ian McKellen (narrador) no elenco. Assim como o livro, o filme, apesar do clima de contos de fadas, não foi feito para crianças. Sua temática e comentários são voltados para o público adulto. Vale conferir.

(shirley paradizo)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Miyazaki surpreende de novo

E o diretor japonês Hayao Miyazaki (de A Viagem de Chihiro), acertou em cheio novamente. Dessa vez, com uma belíssima história protagonizada por uma "peixinha dourada" e um menino de 5 anos que se apaixonam. Ponyo on the Cliff by the Sea, que em breve deve alcançar as telas de cinema do mundo todo, tornou-se um dos filmes mais vistos no Japão em seu primeiro mês nos cinemas.

A bilheteria do animado já passa de 10 bilhões de ienes (cerca de US$ 91 milhões) e sua canção temática virou ringtone em milhares de celulares nipônicos. O filme será exibido na 65ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que acontece entre os dias 27 a 6 de setembro, e em seguida será distribuído nos Estados Unidos e para o resto do planeta.

Miyazaki criou vários filmes de animação que ajudaram a reavivar o cinema japonês. São de sua direção três dos cinco filmes de maiores vendas no Japão nos últimos sete anos, segundo a Associação de Produtores de Cinema do Japão. Além de A Viagem de Chihiro (2001), sobre uma garotinha que perambula no mundo dos espíritos e que recebeu o Oscar de melhor filme de animação em 2003, Miyazaki encantou ao público mundial com seu O Castelo Animado (2004), no qual um menino mago luta pela justiça num mundo mágico.

O crítico de cinema Ryusuke Hikawa acha que ainda é cedo para dizer se Ponyo terá sucesso semelhante aos trabalhos anteriores do cineastas, mas ele acredita que as chances são altas. "Miyazaki continua a fazer desenhos animados desenhados à mão. Nesse sentido, seus trabalhos são animação do tipo antigo. E é exatamente isso que os torna universalmente sedutores." Alguém duvida?

(shirley paradizo)

* Fonte: site Globo.com

Os fantasmas de Charles Dickens

A Disney divulgou a primeira imagem - na verdade, apenas um logo -, de A Christmas Carol, sua mais nova adaptação de Um Conto de Natal, de Charles Dickens. A produção realizada em motion capture (captura de movimentos) está nas mãos de Robert Zemeckis, que já utilizou a técnica em A Lenda de Beowulf.

O filme conta a história do velho e rabugento, Ebenezer Scrooge, que durante a noite de Natal acaba recebendo recebe uma visita inesperada: um trio de fantasmas que irão lhe mostrar como ele está desperdiçando sua vida e que ainda há tempo para mudar.

O animado está previsto para chegar aos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro de 2009. Leia mais aqui.

(shirley paradizo)

Estréia: Pinky Dinki Doo

A garotinha mais criativa da telinha está de volta com novas histórias para contar na segunda temporada de Pinky Dinki Doo. Com 7 anos e muito bom humor, Pinky é uma menina com enorme imaginação que adora brincar com seu irmãozinho Tyler e seu bichinho, o Porquinho-da-Índia, inventando histórias sempre que um dois precisa de uma ajuda para resolver algum problema. A cada episódio, ela leva os pequenos telespectadores a uma viagem diferente por meio de brincadeiras interativas e contação de histórias, incentivando o gosto pela leitura.

Dos mesmos criadores de Vila Sésamo, a série animada foi inspirada em livros infantis de Jim Jinkins e combina animação flash sobre um cenário criado a partir de uma colagem de fotos. Com um roteiro inteligente sem menosprezar a inteligência da garotada, Pinki Dinky Doo oferece às crianças a oportunidade de ouvir histórias interessantes e usar a sua imaginação para criar outras ainda melhores, além de lhes mostrar que qualquer problema, por pior que pareça, sempre tem uma solução.

Exibição: segunda a sexta, 8h30 e 18h30; sábados e domingos, 10h30 e 18h30; Discovery Kids

Indicação: a partir dos 2 anos

(shirley paradizo)

Da minha coleção...

O Curupira, de 2003, é o primeiro da série Juro que Vi, com animações baseadas em personagens do folclore nacional e dirigidas por Humberto Avelar. O curta acumula 7 premiações em Festivais, destacando-se a de melhor animação brasileira no Anima Mundi 2004.

(shirley paradizo)

Estréia: Final Fantasy

Em 2065, a Terra foi praticamente destruída por uma raça cruel de alienígenas que se apoderam dos corpos dos humanos e sugam suas almas. Batizados de Fantasmas, essas criaturas gelatinosas e opacas chegaram ao planeta na cauda de um meteoro, matando a maioria dos terráqueos. Essa é a premissa de Final Fantasy, um animado inspirado em famoso game homônimo criado em 1987. Na época em que foi lançado nos cinemas, em 2001, o desenho causou embasbacamento ao levar para as telas um elenco inteiramente digital. Até então realizar tal projeto era coisa de outro mundo e almejado por muitos estúdios de animações. Mas o diretor Hironobu Sakaguchi, também criador do jogo, transformou o sonho de todos em realidade. Passados poucos anos, a técnica virou mania nos cinemas e olha que seu uso foi difundido e aperfeiçoado em pouquíssimo tempo! Aqui está vai o texto que escrevi para a finada revista TUDO, da Editora Abril. Com alguns cortes. Era gigantesco!

Final Fantasy chega com a promessa de deixar o público de queixo caído por seu realismo, cenários aterrorizantes, trama assustadora e personagens virtuais quase humanos. Pelo menos nos primeiros 5 minutos de filme, vai ser quase impossível desgrudar os olhos da tela só para conferir cada detalhe dessa perfeição. Enquanto se tenta acostumar-se à novidade, a história vai passando até nos darmos conta de que a bela doutora Aki Ross (voz de Ming-Na) não é de carne e osso. Ela é uma das sobreviventes do massacre dos ETs e a esperança da humanidade.

Guiada pelo seu mentor, o dr. Sid (Donald Sutherland), e com a ajuda de uma equipe de militares liderados pelo capitão Gray Edwards (Alec Baldwin), a médica corre contra o tempo para criar uma "cura" contra o contágio antes que seja tarde demais.

Para que Aki e os outros personagens ficassem o mais próximo possível da realidade, foi preciso muito trabalho. "Os olhos de Aki, por exemplo, têm todos os vasos sanguíneos de uma pessoa, assim como sua boca possui todas as microscópicas rugas. O cabelo é composto por 60 mil fios, colocados um a um e manipulados de acordo com a posição que desejamos para o balanço", diz o diretor de animação Andy Jones. Todos os movimentos do personagens foram baseados em atores reais, capturados por câmeras especiais e transformados em linguagem de computador.

Jones contou com a ajuda de uma equipe de 200 dos maiores artistas gráficos e animadores japoneses e norte-americanos, reunindo o que há de mais avançado em computação gráfica. (Hoje, a técnica que ele usou, a captura de movimentos, é bem comum e pode ser vista em diversos animados atuais, como O Expresso Polar.) De humano, apenas a voz dos dubladores, o resto é pura fantasia.

Exbição: dia 22, 22h, Universal

Indicação: a partir dos 9 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Estréia: Wolverine and the X-Men

O super-herói das garras afiadas assume a liderança dos heróis da Mansão X depois que uma sucessão de tragédias se abate sobre o lado dos bonzinhos. Tudo acontece quando o Professor Xavier entra em coma após um colapso que destrói a Mansão (o mesmo desastre que vitimou Jean Grey). Em Wolverine and the X-Men (a partir do dia 25, segunda, 15h30), a nova série animada inspirada nas HQs da Marvel, os heróis mutantes se separam com a tragédia até os sobreviventes têm uma estranha visão do futuro que lhes mostra um mundo em ruínas, governado por maléficos robôs gigantes. Wolverine, então, assume a liderança e tem como missão convencer humanos e mutantes a trabalharem juntos para impedir que uma guerra destrua toda a civilização.

Com 26 episódios de 11 minuitos de duração cada, o desenho tem uma aparência bem próxima da série clássica dos anos 90, não sendo uma de X-Men Evolution. Para começar, os personagens trazem algumas diferenças desta última, com o o fato de Vampira não ser tão gótica e abandonar os mocinhos para se aliar à Irmandade dos Mutantes. O animado promete ainda desvendar alguns mistérios deixados nos longas e outras animações dos X-Men, principalmente do filme que encerrou a trilogia no cinema.

Exibição: segunda a quinta 15h30, no Jetix

Indicação: a partir dos 9 anos

(shirley paradizo)

Novo pôster de UP

Bem, chega de continuações... que tal falarmos um pouco de arte? E boa arte! Há anos a Pixar mantém a tradição de criar pôsteres artísticos e conceituais para seus animados, que fazem tanto sucesso quanto os próprios desenhos. Basta lembrar dos belos e divertidos cartazes de Os Incríveis, Ratatouille e até o mais recente WALL•E. Todos assinados por Eric Tan, o excelente artista do estúdio. E agora ele surpreende novamente com uma belíssima arte para UP, no qual aposta na simplicidade ao esboçar a casa do amigo do protagonista voando presa a balões com uma fantástica paisagem de fundo.

Dirigido por Pete Docter (de Monstros S.A.), o novo animado da Pixar conta a história de Carl Fredricksen, um senhor idoso que passou toda a sua vida sonhando em explorar o planeta e viver plenamente a vida. Mas aos 78 anos, ele acha que não tem mais idade para aventuras até que um persistente explorador da natureza de apenas 8 anos chamado Russell lhe bate à porta. Levando os espectadores para uma jornada emocionante onde esses parceiros improváveis encontram uma paisagem inóspita, vilões inesperados e criaturas selvagens.


UP chega aos cinemas americanos no dia 29 de maio de 2009, em Disney Digital 3-D. No Brasil, a estréia está prevista para 26 de junho.

(shirley paradizo)

O poder dos esquilos

E por falar em continuações... Não era de se espantar que, depois de faturar mais de US$ 200 milhões de dólares apenas nas bilheterias dos EUA, os produtores de Alvin e os Esquilos cogitassem uma seqüência para o filme. Recentemente, o ator Justin Long (de Separados pelo Casamento), que dublou Alvin, revelou que sua particapação na continuação está confirmada e que a produção do longa já está em andamento.

O longa-metragem original de 2007, que mescla animação e live-action (atores reais), foi inspirado na série animada Os Pestinhas, criada pelo Ross Bagdasarian, na década de 1960. Leia mais aqui.

(shirley paradizo)

Continuações e mais continuações

O presidente-executivo da DreamWorks Animation, Jeffrey Katzenberg revelou que o estúdio está em fase de negociações para fazer uma seqüência do sucesso de bilheteria Kung Fu Panda (leia a crítica aqui) que já arrecadou US$ 560 milhões em bilheterias no mundo todo. "Já começamos as negociações, e acho que dentro de 30 a 60 dias vamos poder falar completamente sobre isso", disse em entrevista à agência Reuters.

Ambientado na China, Kung Fu Panda gira em torno de um panda desajeitado, mas irresistivelmente simpático, chamado Po (dublado pelo comediante Jack Black) em seus esforços para tornar-se um guerreiro kung fu.

Outro animado que também deve ganhar uma nova continuação é Madagascar. Não, não estou falando sobre A Grande Escapada, previsto pra estrear nos EUA em 7 de novembro, mas de um terceiro filme. Para Katzenberg, "o primeiro animado é apenas um 'capítulo' da história, que deve terminar no terceiro longa com os animais retornando à Nova York".

O Madagascar original, de 2005, é sobre um grupo de animais que escapa do Zoológico Central de Nova York, tornando-se o maior sucesso da DreamWorks Animation em termos de filmes nã0-seqüências, com US$ 530 milhões em bilheterias no mundo, até ser ultrapassado por Panda nas últimas semanas.

(shirley paradizo)

* Fonte: Globo.com

Jedis deixados para trás...

E George Lucas não deve ter ficado tão feliz ao deparar com o faturamento de Star Wars: The Clone Wars, animação inspirada na saga Guerra nas Estrelas (leia a crítica aqui). O animado, que vai ganhar uma série televisiva, estreou no último fim de semana nos EUA na terceira posição, redendo US$ 14,6 milhões. No Brasil, o filme ficou em quarto lugar. Por aqui o sucesso da vez é A Múmia 3: Tumba do Imperador Dragão.

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Seu filho vê: Charlie e Lola

Quando a escritora inglesa Lauren Child criou Charlie e Lola, com certeza não imaginou que seus adoráveis personagens sairiam das páginas do livro para se tornar um enorme sucesso também na telinha da televisão. Os irmãos, apesar de idades e interesses diferentes, encaram as diversidades de seu cotidiano infantil sempre ajudando-se mutuamente.

Charlie é um menino de 7 anos que adora jogar futebol e desenhar foguetes e carros de corrida. Ele é sempre acompanhado por Lola, sua irmãzinha de quase 5 anos. Lola é muito independente, simpática e segura de si. Não pode viver sem leite cor-de-rosa e odeia tomate. Sem dúvida, a pequena sempre sabe o que quer, mas nem por isso deixa de se de meter em apuros. Para ajudá-la, seu irmão usa constantemente a lógica e seu senso de humor.

Palavra de especialista: "Destaque para as estratégias que Charlie usa ao resolver os problemas no relacionamento com sua irmã mais nova, de forma muito saudável e interessante. Outro aspecto importante a ser considerado refere-se às ações e representações da pequena Lola. Como toda criança nesta faixa etária, a natureza simbólica se faz presente em sua compreensão de mundo, como o egocentrismo ou a persistência em achar que sempre está certa, o fato de considerar 'tudo ao pé da letra', a inocência e a espontaneidade, que dá um toque engraçado aos seus questionamentos.

E, como não existe em nenhum dos episódios a intervenção dos pais, cabe a Charlie e a Lola resolver problemas sob a ótica infantil, de forma mais autônoma e independente, sem desconsiderar a educação e os valores vivenciados em sua família." - Ester Cecília F. Baptistella é psicóloga, doutoranda na Área de Desenvolvimento Humano e Educação pelo LPG/FE/UNICAMP e professora da Universidade São Francisco

Exibição: segunda a sexta, 8h e 20h30; sábados e domingos, 9h e 20h30, Discovery Kids

Indicação: a partir dos 2 anos

(shirley paradizo)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Estréia: Paprika

Brinquedos vivos, sereias, fadas, monstros e qualquer outra fantasia que nossas mentes manisfetam em sonhos fazem parte do mundo do animado Paprika. Em um futuro distante, o Dr. Tokita inventa um aparelho chamado DC-Mini, que permite o acesso aos sonhos das pessoas. Sua colega, a psicoterapeuta Atsuko Chiba, começa a fazer testes com a nova invenção em seus pacientes. Porém, a máquina é roubada e passa a ser usada para enlouquecer e dominar a mente das pessoas. A dra. Chiba decide assumir seu alter-ego Paprika e mergulhar no universo dos sonhos alheios para descobrir quem está por trás da tragédia e pôr um fim na confusão.

Dirigido por Kon Satoshi - considerado um gênio da animação japonesa da atualidade -, Paprika tem um desgin de encher os olhos e um roteiro fantástico e inteligente. E, apesar de ser uma animação, não é um desenho nada infantil. Ao contrário. Além da trama intricada, traz cenas de nudez, assassinatos, sexo, suicídios...

Exibição: dia 20, quarta, 22h, e dia 24, domingo, 18h30, Cinemax

Indicação: a partir dos 16 anos

(shirley paradizo)

Criança & TV: Hora de dormir!

Ao chegar em casa, corre para checar os e-mails? Olhe ao redor da sua sala. Em que lugar está a TV? Mesmo que você não pare para assistir, o fato de deixá-la ligada cria familiaridade, praticamente a personifica, lhe dá vida própria. Mas você a-do-ra passar horas vendo seus programas favoritos? Para os especialistas, o ideal é que criança pequena nem deva estar ali (ou porque é tarde para estar acordada ou por causa do conteúdo impróprio). "Quem decide a programação é você, ainda que precise abrir mão da novela", afirma a psicanalista Mary Lise Moysés Silveira.

No caso das maiores, há um conselho de Bia Rosemberg, diretora de programas infantis (leia entrevista aqui). "O ideal é explicar para a criança os temas que são abordados no seu programa. Ou seja, se aparecer uma cena de apelo sexual, ajude-a a interpretar o contexto." Ainda assim, cenas violentas devem ser evitadas. "Uma criança que vê CSI, seriado que investiga crimes, fica impressionada com a aparência das coisas, como o sangue, expressões etc.", diz Lisa Guernsey, jornalista e autora do livro Into the Minds of Babes – How ScreenTime Affects Children from Birth to Age Five (Por Dentro da Mente dos Bebês – Como a TV Afeta Crianças de 0 a 5 Anos).

No caso da novela, as opiniões são extremas: existem especialistas totalmente contra e outros a favor, em partes. "Se existir a mediação do adulto, ou seja, se ele estiver presente para conversar sobre os assuntos da novela, ela pode ser uma ótima oportunidade para apresentar o mundo e discutir valores", afirma Cláudio Márcio Magalhães, pesquisador, jornalista e autor do livro Os Programas Infantis da TV – Teoria e Prática para Entender a Televisão Feita para as Crianças (Ed. Autêntica). Os pais que não estiverem prontos ou dispostos a dialogar sobre o tema devem mudar de canal. "Não precisa ter medo de ser taxado de conservador. Ainda que a criança se queixe, ela espera que você tome conta dela.

O que não pode acontecer é a censura. Antes de proibir, exponha seus motivos com uma conversa franca", diz Marcos Cezar de Freitas, professor de Pedagogia e pesquisador sobre Educação. Não use como desculpa a crença de que seu filho assiste a canais impróprios para a idade dele porque gosta. "Criança curte programa de criança, não jornal, novelas e seriados. Tanto é que os canais de maior audiência na TV a cabo são os infantis", afirma o pesquisador Cláudio Márcio.

Um bom critério na hora de optar por um programa é se perguntar: meu filho aprende alguma coisa com ele? O conteúdo do que seu filho assiste é tão importante quanto o tempo que fica diante dele ."A criança não é passiva. Durante o programa, ela atribui sentido às coisas e faz isso de acordo com suas capacidades cognitivas e de raciocínio", diz Claudemir. Uma prova disso é o programa LazyTown, exibido no canal Discovery Kids. "A criança é incentivada pelos personagens a se exercitar, e faz isso durante o episódio", afirma Magnus Scheving, criador e ator do programa. Se escolher o que ela vê e se certificar que é ideal para sua faixa etária, o aproveitamento será maior. Tenha em mente que o conteúdo educativo é qualquer coisa que faça seu filho pensar, estimule a fantasia, exercite o imaginário e diga respeito ao cotidiano dele. E isso varia de acordo com a criança.

Por exemplo, o Castelo Rá-Tim-Bum tem, sem sombra de dúvidas, grande potencial educativo. E não só pelo ratinho que incentiva o tomar banho, mas por apresentar também personagens contraditórios como o Nino, que pode ser doce com os amigos ou irritado quando algo não vai do jeito que ele quer. Não há maniqueísmo, ou seja, não há divisão entre o Bem e o Mal.

O programa da Xuxa, por exemplo, também abordava o mesmo conteúdo – higiene –, só que a forma é diferente. "Xuxa imagina a criança sentada em frente à TV, como na sala de aula, atenta às mensagens e suas atrações. É convidada a participar, mas só sob a orientação da ‘professora’ e sem sair de sua carteira. Já Castelo e Cocoricó imaginam seu telespectador não como em uma sala de aula tradicional, mas participante de um grupo de trabalho, de uma coletividade. Está atento não só às mensagens preestabelecidas, mas às conexões com suas experiências, com seu cotidiano e com sua fantasia", diz Cláudio Márcio Magalhães. Ou seja, escolher um programa de televisão com intenção educativa para o seu filho é quase como optar pelo projeto pedagógico de uma escola.

Qual faz sentido para você?

Até mesmos desenhos como Pica-Pau e Tom & Jerry são educativos, pois não apresentam personagens maniqueístas, ou seja, com os valores de bondade e maldade definidas. A criança se identifica com isso. "Em A Vaca e o Frango e Sorriso Metálico, a questão da nova família é retratada. O primeiro aborda o tema da adoção, enquanto que o segundo mostra uma garota que tem pais separados", afirma Magalhães. Os desenhos atuais retratam bem a rotina infantil, com informação por todos os lados. São histórias que misturam tecnologia, poucas falas, muita ação e uma moral. Se pararmos para pensar, são bem parecidos com os desenhos do Pica-Pau criados nos anos 40. Portanto, o melhor entretenimento para o seu filho é, na verdade, vários. "Existem diversos estilos de desenhos porque vivemos em muitas realidades diferentes. O melhor é diversificar a programação", diz o especialista.

Fato: a criança aprende muito mais quando está se divertindo. Saiba o papel da televisão e do computador nesse processo de aprendizagem. Atualmente, com a questão da segurança das ruas, garotos e garotas passam mais tempo dentro de casa do que brincando pela cidade. Resultado: a televisão e o computador são o entretenimento favorito. "A tecnologia não é responsável pelo casulo, mas o casulo faz o ato de ficar em casa mais suportável", diz a psicoterapeuta Lídia Aratangy.

Com isso, a ludicidade passou a ser desenvolvida no meio digital, ou seja, em vez de trocar a roupa de uma boneca, a menina vai ao site da Barbie e escolhe uma roupa direto do guarda-roupa da loirinha. Ela continua brincando, só mudou o modo. Não quer dizer que a infância acabou, e sim que precisamos lidar com ela de outra forma. "A escola deve tirar proveito dos meios de comunicação para misturar o mundo acadêmico com o da criança, deixando-o mais atrativo. Se continuarmos com esse preconceito em relação ao computador e à internet, o colégio sempre será o mais chato", diz Cláudio Márcio Magalhães. É por isso que alguns educadores defendem a idéia de uma disciplina sobre mídia na pedagogia. "Se o professor for capacitado para ensinar à criança como o conteúdo televisivo é feito, ela fica menos suscetível às influências", afirma a psicóloga Ester Cecília.

Atentas a essas transformações, algumas empresas já desenvolvem laptops e portais educativos para acompanhar livros e cadernos. É o caso do grupo educacional Positivo. "Nós capacitamos nossos professores para ensinar os alunos a usar bem a tecnologia", diz a coordenadora de Pesquisa Betina von Staa. A rede, em parceria com a marca CCE, criou o notebook Classmate, que em 2008 foi implantado no Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo. Eles também têm um portal confiável, que filtra a pesquisa dos alunos. Faz tanto sucesso que eles o acessam de casa cerca de 45 vezes por semana. No Colégio Magister, em São Paulo, em 2008, os alunos de 6ª e 7ª séries passaram a ter blogs próprios e a serem estimulados a escrever diariamente – nem precisa dizer que eles adoraram. Mas, ainda que a escola ensine seu filho a usar bem a tecnologia, o grande responsável pela educação dele é você.

* Texto de Cristiane Rogério e Tamara Foresti, publicado originalmente no site da revista Crescer

Pateta na rede

Esses dias vazou na internet, na íntegra, o curta How to Hook Up your Home Theater, protagonizado por um dos personagens mais queridos da Disney, o Pateta. Com a direção de Kevin Deters e Stevie Wermers-Skelton, o primeiro curta do estúdio está sendo exibido nos cinemas dos EUA antes das sessões de A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos. No Brasil, ele é ainda inédito e só pôde ser visto por quem compareceu no Anima Mundi 2008, que aconteceu em julho em São Paulo e Rio de Janeiro.

No belo e divertido curta, Pateta tem uma missão, instalar seu aparelho de home theater, que ele ele acabou de comprar. O vídeo traz muitas curiosidades, mas é preciso ficar atento - como os retratos de Walt Disney e John Lasseter. Os cenários de algumas cenas (como as do futebol) foram reaproveitadas dos curtas clássicos. Vale destacar que o curta está em inglês e não apresenta legendas em português. Porém, é melhor se apressar antes que ele seja tirado do ar! Confira abaixo.



(shirley paradizo)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Os Incríveis em quadrinhos

Não é de hoje que os grandes estúdios de Hollywood se inspiram em histórias em quadrinhos para criar longa-metragens de sucesso. Os estúdios Disney além de se inspirar nos HQs para para alguns de seus filmes, vai fazer o caminho inverso. O editor da Boom! Studios, Mark Waid, anunciou que o animado da Pixar Os Incríveis em breve vai ganhar uma versão em papel. Nas seis primeiras edições, o Sr. Incrível tentando assimilar que não é mais um jovenzinho: ele está perdendo seus poderes como a invulnerabilidade e a super-força, mas não quer contar para a família nem procurar um médico, um novo personagem especialista em atender super-heróis.

A série em quadrinhos de Os Incríveis 1.5 ainda não tem data de lançamento nem desenhista oficial. As capas, porém, já estão na prancheta de Darwyn Cooke (DC: A Nova Fronteira).

A Disney também já tem planos para outras minisséries inspriadas em outros desenhos da Pixar, entre eles Toy Story, Monstros S.A., Procurando Nemo, Carros e Wall·E. Mas não serão apenas produções da Pixar que irão ganhar versões para os quadrinhos, já que, com a volta da franquia dos Muppets, tudo indica que os carismáticos sapo Caco e companhia poderão ganhar uma minissérie escrita por Mark Waid e baseada no sucesso do seriado Muppet Show. Vamos aguardar!

(shirley paradizo)

Sam Raimi na Disney

O diretor da trilogia Homem-Aranha, Sam Raimi, e a Disney vão unir suas forças em um novo projeto. O cineasta irá ajudar o estúdio a levar para as telas The Transplants, uma história de super-heróis com pequenas doses de humor. A idéia da produção partiu da dupla de roteiristas Adam Jay Epstein e Andrew Jacobson, responsáveis por Não É Mais um Besteirol Americano e originalmente eles pretendiam usar o texto na publicação de um HQ.

A executiva da Disney Kristin Burr, no entanto, viu um enorme potencial na hsitória e tratou logo de adquirir os direitos da obra para o cinema, por valores na casa das centenas de milhares de dólares. Mas não esperem por Raimi na direção do animado, já que tudo indica que seu trabalho irá se limitar apenas à produção do filme.

(shirley paradizo)