sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Estréia: Final Fantasy

Em 2065, a Terra foi praticamente destruída por uma raça cruel de alienígenas que se apoderam dos corpos dos humanos e sugam suas almas. Batizados de Fantasmas, essas criaturas gelatinosas e opacas chegaram ao planeta na cauda de um meteoro, matando a maioria dos terráqueos. Essa é a premissa de Final Fantasy, um animado inspirado em famoso game homônimo criado em 1987. Na época em que foi lançado nos cinemas, em 2001, o desenho causou embasbacamento ao levar para as telas um elenco inteiramente digital. Até então realizar tal projeto era coisa de outro mundo e almejado por muitos estúdios de animações. Mas o diretor Hironobu Sakaguchi, também criador do jogo, transformou o sonho de todos em realidade. Passados poucos anos, a técnica virou mania nos cinemas e olha que seu uso foi difundido e aperfeiçoado em pouquíssimo tempo! Aqui está vai o texto que escrevi para a finada revista TUDO, da Editora Abril. Com alguns cortes. Era gigantesco!

Final Fantasy chega com a promessa de deixar o público de queixo caído por seu realismo, cenários aterrorizantes, trama assustadora e personagens virtuais quase humanos. Pelo menos nos primeiros 5 minutos de filme, vai ser quase impossível desgrudar os olhos da tela só para conferir cada detalhe dessa perfeição. Enquanto se tenta acostumar-se à novidade, a história vai passando até nos darmos conta de que a bela doutora Aki Ross (voz de Ming-Na) não é de carne e osso. Ela é uma das sobreviventes do massacre dos ETs e a esperança da humanidade.

Guiada pelo seu mentor, o dr. Sid (Donald Sutherland), e com a ajuda de uma equipe de militares liderados pelo capitão Gray Edwards (Alec Baldwin), a médica corre contra o tempo para criar uma "cura" contra o contágio antes que seja tarde demais.

Para que Aki e os outros personagens ficassem o mais próximo possível da realidade, foi preciso muito trabalho. "Os olhos de Aki, por exemplo, têm todos os vasos sanguíneos de uma pessoa, assim como sua boca possui todas as microscópicas rugas. O cabelo é composto por 60 mil fios, colocados um a um e manipulados de acordo com a posição que desejamos para o balanço", diz o diretor de animação Andy Jones. Todos os movimentos do personagens foram baseados em atores reais, capturados por câmeras especiais e transformados em linguagem de computador.

Jones contou com a ajuda de uma equipe de 200 dos maiores artistas gráficos e animadores japoneses e norte-americanos, reunindo o que há de mais avançado em computação gráfica. (Hoje, a técnica que ele usou, a captura de movimentos, é bem comum e pode ser vista em diversos animados atuais, como O Expresso Polar.) De humano, apenas a voz dos dubladores, o resto é pura fantasia.

Exbição: dia 22, 22h, Universal

Indicação: a partir dos 9 anos

(shirley paradizo)

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