terça-feira, 30 de setembro de 2008

In memoriam: Paul Newman

Na última sexta, dia 26 de setembro, o mundo lamentou a morte do ator, diretor e amante de corridas Paul Newman. Com 83 anos de idade, ele lutava contra um câncer de pulmão, que há alguns meses passou a ser noticiado pela mídia.

O astro norte-americano atuou em mais de 60 filmes em cerca de 50 anos de carreira, até anunciar sua aposentadoria há pouco mais de um ano. Newman morava em Connecticut e deixa cinco filhas - três com Joanne Woodward e outras duas de seu primeiro casamento, com Jackie White.

Ele foi indicado ao Oscar de dez vezes e finalmente conquistou a estatueta de melhor ator em 1987, com A Cor do Dinheiro, no qual fez o mesmo papel pelo qual foi indicado ao prêmio em 1961, por Desafio à Corrupção. Um ano antes, em 1986, ele havia recebido um Oscar honorário pelo conjunto da carreira. Em 1994, voltou a ser premiado pela Academia, dessa vez com o Jean Hersholt Humanitarian Award, por seu trabalho com caridade - Newman estava se dedicando a trabalhos filantrópicos há bastante tempo e destinou cerca de US$ 250 milhões a diversos projetos no mundo todo.

Newman nasceu em 1925 em Cleveland, no estado norte-americano de Ohio, filho de um bem-sucedido comerciante de artigos esportivos. Seus primeiros passos como ator foram dados no colégio, em que participou de diversas peças teatrais. Depois de ser dispensado da marinha, Newman ingressou no Kenyon College e, em seguida, na Escola de Teatro de Yale. Já formado, o ator mudou-se para Nova York, onde freqüentou o famoso New York Actors Studio.

Com seu evidente “sex appeal” e olhos azuis penetrantes, Newman rapidamente conquistou papéis na televisão, nos palcos da Broadway, em Picnic (1953), e no cinema. Contratado pelos estúdios Warner, o ator estreou na telona em 1954, em O Cálice Sagrado. O filme, entretanto, por pouco não foi seu último. Ele considerou sua performance no épico tão ruim que publicou num jornal de grande circulação um pedido de desculpas ao público.
Seu trabalho seguinte no cinema foi bem melhor: Marcado pela Sarjeta, de 1956, conquistou a crítica internacional e elogios à atuação de Newman no papel do boxeador Rocky Graziano. A partir do fim dos anos 50, tornou-se um dos maiores astros de Hollywood , protagonizando campeões de bilheteria como Gata em Teto de Zinco Quente e O Mercador de Almas.

Nos anos 60, o ator confirmou seu sucesso em filmes como Desafios à Corrupção, Criminosos Não Merecem Prêmio, O Indomado, Rebeldia Indomável e Hombre. Mas seu trabalho mais memorável veio em 1969, quando estrelou Butch Cassidy – Dois Homens e um Destino, ao lado de Robert Redford. Na mesma década, também estreou como diretor e produtor. Em 1968, o astro dirigiu sua segunda mulher, Joanne Woodward, em Rachel, Rachel, que venceu o Globo de Ouro de melhor filme e foi indicado ao Oscar.

Já aos 77 anos, ele retornou às telas em Estrada para a Perdição, em que contracenou com Tom Hanks e Daniel Craig. O longa-metragem rendeu a Newman uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante. Em 2006, o ator e diretor realizou seu último trabalho para o cinema, emprestando sua voz ao personagem Doc Hudson, na animação Carros, da Pixar.

Além da carreira no cinema, o ator também dirigiu carros de corridas e criou uma linha chamada de Newman's Own, da qual sempre se orgulhou e cujos lucros são integralmente destinados à caridade. Nos anos 90, Newman diminuiu o ritmo da carreira no cinema para se dedicar à fábrica de molhos e condimentos.

Sua morte foi divulgada apenas na manhã de sábado, pelo jornal The Oregonian e pela agência de notícias Associated Press.

* Fonte: site Globo.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma pena a morte de Newman... Para mim, um dos melhores atores de todos os tempos. Iremos sentir saudades!