quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Estréia: Atlantis - O Reino Perdido

A mítica Atântida – continente que, diz a lenda, teria sido engolido pelo oceano e perdido para sempre no fundo do mar como uma forma de castigo a seus habitantes – virou tema da produção da Disney em 2001 na animação Atlantis: O Reino Perdido. Quem espera ver um desenho romântico e bem comportado, como todas os animados anteriores do estúdio, terá uma grande – e agradável surpresa.

Nele, não há aqueles números musicais e de dança típicos dos filmes dos criadores de Mickey Mouse, interrompendo a história, e muito menos bichos engradacidinhos e humanos bonzinhos. Em vez disso, há robôs armados até os dentes e personagens para lá de esquisitos, como o herói Milo. Nerd da cabeça aos pés, ele sonha em encontrar a perdida Atlântida.

Quando um milionário filantrópico resolve financiar sua expedição, Milo, mais do que depressa, reúne um grupo de aventureiros para acompanhá-lo, entre eles uma adolescente brutamontes, um capitão mal-humorado e um francês que odeia banho. A aventura dos exploradores começa a bordo de um submarino que lembra aquele descrito por Julio Verne em 20 Mil Léguas Submarinas – não por acaso é ambientada em 1914.

Depois de uma emocionante cena de perseguição no fundo do mar, em que robôs gigantescos e monstros marinhos mata quase toda a tripulação, eles acabam caindo dentro de um vulcão adormecido. Lá, dão de cara com o tal reino perdido e os atlantes rei Nedakh e a princesa Kida – que surpreende a todos com um "strip-tease" que acaba em um minúsculo bíquini.

Com tantas seqüências de mortes e até violência, Atlantis ressuscitou na época a polêmica criada em outra animação da Disney, Dinossauro, que era bastante assustadores para os pequenos, mas fascinantes para as crianças maiores e até os adultos.

Como curiosidade, três profissionais renomados assinam o desenho: o produtor Don Hahn, e os diretores Gary Trousdale e Kirk Wise, responsáveis por sucessos como A Bela e a Fera e O Corcunda de Notre Dame. A animação começou a ser realizada no início no final de 1997 e a equipe de produção chegou a incluir um total de 350 participantes, entre artistas, animadores e técnicos, transformando Atlantis na maior produção de ação e aventura, e maior filme com efeitos especiais de animação produzido pelos estúdios Disney até então.

Para acompanhar os grandiosos e espaçosos cenários naturais retratados pelo longa, os cineastas optaram por produzir Atlantis em Cinemascope. O formato tela cheia só foi usado em animações, em raras ocasiões, como em A Dama e o Vagabundo, A Bela Adormecida, e no animado da Pixar, Vida de Inseto.

Exibição: dia 3, sexta, 15h, Jetix


(shirley paradizo)

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