terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Charlie Brown no iTunes

Charlie Brown e sua turma retomaram à vida em uma série de 20 novas animações para web no estilo dos desenhos clássicos da TV. Os vídeos têm cerca de 3 a 4 minutos de duração e são inspirados nas tirinhas da década de 1960. Em um dos vídeos - que estão disponíveis apenas para usuários norte-americanos da loja virtual iTunes, da Apple -, Linus concorre a representante de classe, até ser ameaçado por um fato de seu passado: sua crença cega no herói do Halloween, a Grande Abóbora.

Os vídeos são todos inéditos, feitos com animação em flash e com novas vozes de dublagem. Mas mesmo que a tecnologia seja nova, os criadores procuraram manter a integridade da tira e dos adorados especiais animados da televisão. "Você não vai querer mudar isso", disse Jeannie Schulz, viúva do criador da tira Peanuts (batizada de Snoopy, no Brasil), Charles Schulz. "Você quer tentar manter o mesmo trazendo um frescor a ele." A trilha, por exemplo, lembra o famoso jazz de Vince Guaraldi que acompanhava os especiais de TV de Snoopy.

Tecnologia na medida certa
Os vídeos foram produzidos pela Warner Bros. Motion Comics, que antes trouxeram à vida tiras de Batman e Superman. O projeto teve envolvimento e acompanhamento da família de Schulz. "Nosso interesse era manter a integridade das tiras", disse Jeannie. "Eles fizeram um trabalho muito bonitinho para parecer com a animação antiga, mas melhor. Melhor por estarem mais brilhantes, as vozes ainda são bonitinhas e charmosas."

Jeannie acrescenta, porém, que muita tecnologia de animação - como o uso da técnica em 3D - prejudicaria o estilo simplista da tira e dos desenhos. Mas o que o criador de Peanuts- que morreu em 2000, aos 77 anos - pensaria ao ver suas velhas tirinhas ressurgindo décadas mais tarde em laptops e telefones celulares? "Estou grata que Sparky [apelido de Charles Schulz] não esteja vivo (para ver isso)", diverte-se a esposa. "Mas ainda que ele não entendesse por que as pessoas iriam querer assistir a coisas em seus telefones, ele entendia de histórias e de como contá-las."

* Fonte: AP

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