terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Cinema: Bolt - Supercão

Depois que a Disney comprou a Pixar por US$ 7,4 bilhões, John Lasseter (diretor de Toy Story, Vida de Inseto e Carros) assumiu o cargo de diretor-geral de criação da Walt Disney e Pixar Animation Studios. Bolt - Supercão é o primeiro longa-metragem do estúdio produzido sob a supervisão de Lasseter. O que finalmente confere às produções digitais da Disney – que ainda pecavam em alguns aspectos, em comparação às produções da impecável Pixar - um bom roteiro e personagens que conquistam facilmente o espectador, grandes trunfos desta animação.

O Bolt do título (dublado por John Travolta) é um cachorro que pensa ser um supercão. Astro de um seriado de ação, cresceu desde filhote levado a acreditar que tem superpoderes quando o assunto é salvar sua dona, a menina Penny (Miley Cyrus). Por uma confusão nos estúdios em Los Angeles, Bolt atravessa o país e vai parar em Nova York. Os perigos que a cidade grande oferecem fazem com que ele imagine ter enfraquecido.

Nessa jornada, ele também conhece alguns personagens impagáveis, como um trio de pombas, a complicada gata Mittens e o hilário hamster Rhino, fã número 1 de Bolt. Com a ajuda destes dois últimos, Bolt tenta voltar a Hollywood a fim de salvar sua dona dos perigos aos quais é exposta.

Bolt – Supercão brinca com a ficção e a realidade o tempo todo, mas dentro do mundo do próprio protagonista. As cenas de ação da série protagonizada por Bolt na trama são muito bem trabalhadas na animação, que também será lançada nos cinemas que possuem a tecnologia necessária em 3D. Por mais que o filme perca um pouco o ritmo na metade, quando o trio de aventureiros parte em direção de Hollywood, o longa ainda é capaz de prender a atenção do público.

A animação é muito bem realizada – o que já é de se esperar, já que Bolt – Supercão é resultado da parceria de dois dos estúdios de animação mais significativos atualmente –, os personagens são carismáticos e bem-desenvolvidos. Vale destacar também o competente trabalho de dublagem na versão brasileira, mesmo sem a presença vocal de astros do naipe de Travolta e Miley.

Tudo isso acaba resultando não somente numa animação divertida, mas também capaz de tocar em pontos que sempre acabam conquistando a simpatia do público, como a relação da menina com seu bicho de estimação e na jornada do protagonista na descoberta que, mesmo sem super-poderes, ainda pode ser herói.

Exibição: a partir do dia 01 de janeiro

Classificação: livre

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)

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