segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Literatura: Princesinha

A mais nova animação da Discovery Kids transporta as crianças para o mundo de uma princesinha de 4 anos. Baseada nos livros do escritor e ilustrador britânico Tony Ross, 60 anos, a série Princesinha (Little Princess) mostra a menina enfrentando, sempre de maneira bem-humorada, os dilemas comuns a quem está crescendo: a perda dos dentes, a necessidade de aprender a se vestir sozinha e de pedir “por favor”, o medo de dormir sozinha no escuro, o novo irmãozinho (que ela ganha em I Want a Sister/Eu Quero Uma Irmã/, da Random House editora), entre muitos outros desafios diários.

Os livros têm mais de 10 títulos diferentes lançados nos Estados Unidos. Já na TV, as histórias contam com a direção de Edward Foster e a produção de Iain Harvey, os dois da Illuminated Film Company. Ross também participou pessoalmente do processo de adaptar os livros para as telas. Abaixo, em entrevista, ele conta um pouco mais sobre os livros.

Você esteve envolvido pessoalmente no projeto de adaptação da série para a Discovery Kids?

Foi maravilhoso trabalhar com a Iluminated Films. Os produtores me mostraram os scripts para aprovar, e também me pediram para assistir ao programa piloto. Nessa fase, eu fiz algumas alterações, que foram muito bem-vindas. A maioria das minhas intervenções foi em relação ao visual. Estou feliz com o resultado, tem sido uma experiência agradável. E também fiquei satisfeito com a produção e o conceito. Agora, posso me afastar um pouco e deixar a animação por conta dos profissionais do estúdio, que estão produzindo os filmes por conta própria.

Quando saiu o primeiro livro sobre a princesinha?
Foi há 22 anos. Ela poderia estar casada agora, e com a sua própria princesinha.


Por que você escolheu a figura de uma princesa? Você se inspirou em alguém que conhece?
Sim, a idéia para o primeiro livro, sobre aprender a ir ao banheiro, surgiu quando minha filha, Alex, teve alguns problemas com o penico. E eu costumava chamá-la de “princesa”.


Você tem outros filhos? Eles também te influenciaram em outros livros?
Tenho três filhas, de 40, 35 e 28 anos, e 5 netos (cujas idades eu nunca acerto!). Minha filha mais nova, Kate, estudou Artes e, quando perguntaram a ela se gostaria de ser uma ilustradora, assim como o pai, ela respondeu: “qualquer coisa, menos isso!”. Então, ela se tornou ourives.


O rei e a rainha, apesar de usarem coroas, estão vestidos com roupas comuns, do dia-a-dia. Até mesmo a princesinha usa pijamas. Essa seria uma maneira de aproximar os personagens dos leitores?
Sim, eles formam uma família de monarcas, mas na verdade, representam todo mundo. E, sendo reis, eu ainda posso incluir cozinheiros, criados, o Primeiro-Ministro etc.


Seus livros sempre trazem uma mensagem, mas de uma maneira divertida. Esse seria o seu segredo para atrair as crianças?
Eu gosto da idéia de que todos os meus livros tentam passar uma mensagem importante - para as crianças pequenas, não para o mundo todo. Eu acredito que os livros infantis podem ajudar a tornar mais fácil o processo de crescimento, que é bastante difícil, em qualquer caso. E os adultos, às vezes, se esquecem disso. Mas eu prefiro divertir, em vez de “pregar”.


* texto de simone tinti, publicado originalmente no site da revista crescer

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