sexta-feira, 30 de julho de 2010

Padrinhos Mágicos em carne e osso

Para os fãs de Timmy e sua turma uma boa notícia. A Nickelodeon anunciou que vai iniciar a produção de A Fairly Odd Movie: Grow Up, Timmy Tuner! (em tradução livre, Os Padrinhos Mágicos: Cresça Timmy Turner!), filme em live-action baseado na série de animação de sucesso Os Padrinhos Mágicos. Na adaptação, Timmy Turner não será mais um garotinho, mas um jovem de 23 anos.

No mais, quase nada mudou e ele continua cursando a quinta série (?) e morando com seus pais. Porém, de acordo com as regras do Mundo das Fadas, toda criança perde seus Padrinhos Mágicos quando se torna um adulto. Assim, Timmy terá que tomar uma importante decisão: voltar a ser criança e continuar com a companhia de Cosmo e Wanda ou seguir em frente e encarar os desafios da vida adulta sem a ajuda de seus amigos mágicos.

Segundo a Nickelodeon, o filme será exibido nos canais Nick de todo o mundo e posteriomente lançado também em DVD. A estreia mundial está prevista para o segundo semestre de 2011 e terá direção do próprio criador do desenho animado, Butch Hartman, em parceria com Savage Steve Holland. Timmy Turner será interpretado pelo ator Drake Bell (do seriado televisivo Drake & Josh), e os Padrinhos Mágicos Cosmo e Wanda serão feitos por Jason Alexander e Cheryl Hines.

Cinema: Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar

Conhecido por suas animações sofisticadas e tramas complexas, como o vencedor do Oscar A Viagem de Chihiro (2001) e O Castelo Animado (2004), o cineasta japonês Hayao Miyazaki apresenta um filme de simplicidade mágica, mas ao mesmo tempo profundo, em seu mais recente trabalho Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar.

A personagem central é Ponyo, uma peixinha dourada que entra em contato com o mundo dos humanos quando é encontrada por Sosuke, um menino que mora numa casa à beira-mar com sua mãe. Ele ajuda Ponyo, que está presa num pote na praia. Em retribuição, ele ganha uma lambida num pequeno corte em seu dedo, que acaba cicatrizando rapidamente.

Para Ponyo, esse é o início de uma longa jornada. Após provar o sangue humano, a peixinha ganha a habilidade de se transformar numa menina. Ao lado de Sosuke, ela descobre o modo de vida dos humanos, frequenta a escola com o amigo, conhece outras pessoas e se alimenta com comidas variadas.

São momentos mágicos na vida dos dois. Ponyo, uma princesa do mar, sempre viveu aprisionada por seu pai. A liberdade que experimenta agora é algo novo em sua vida. O que ela e seu amigo não sabem, porém, é que, transformando-se em humana, ela deu início a um desastre ecológico, liberando um verdadeiro tsunami que inundará a vila onde moram Sosuke, sua mãe e outras pessoas.

Peixes e outras criaturas marinhas começam a tomar conta do lugar quando a água invade as casas, depois de já cobrir ruas e outras regiões mais baixas. Dotada de poderes mágicos, Ponyo transforma um barquinho de brinquedo num barco de verdade, e, ao lado do amigo, sai em busca da mãe dele - que estava numa casa de repouso para idosos, onde ela trabalha.

Com quase 70 anos de idade, Miyazaki, que também assina o roteiro, mantém a imaginação ilimitada de uma criança,mostrando-se capaz de criar os personagens mais estranhos, sem romper o vínculo com a realidade. O estranhamento dos personagens e das situações, na verdade, podem ir além do que eles representam em si.

A amizade entre estranhos, a tolerância e o amor que rompe barreiras são os temas que permeiam Ponyo. Mas isso tudo vem numa embalagem tão criativa, colorida, charmosa e encantadora, que nunca torna este trabalho um “filme de mensagem”. Os personagens, ao contrário do que acontece em muitas animações, não são unidimensionais, mas providos de complexidade e nuances. O pai de Ponyo, por exemplo, que pode parecer maligno e perigoso num primeiro momento, mais tarde se revela preocupado com o equilíbrio da natureza, o que explica as suas ações.

Se as obras anteriores de Miyazaki procuravam um diálogo com um público mais adulto, Ponyo é seu filme que fala mais abertamente com crianças de qualquer idade – o que não exclui adultos. Não é um filme infantil, no sentido que apenas crianças possam gostar. Adultos e crianças terão muito com o que se divertir – embora não necessariamente com as mesmas coisas.

alysson oliveira*

* texto do amigo alysson oliveira, publicado originalmento no site cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Zé Colmeia no cinema

A Warner divulgou o primeiro trailer da adaptação para as telonas do desenho protagonizado pelo urso Zé Colmeia. Com vozes de Anna Faris (de A Casa das Coelhinhas), Dan Aykroyd (de Eu os Declaro Marido e...Larry) e Justin Timberlake, o filme em 3D repetirá a mesma fórmula de produções como Alvin e os Esquilos, Garfield e Scooby-Doo, misturando atores reais com animação em computação gráfica. No longa-metragem dirigido por Eric Brevig, Zé Colméia e Catatau precisam unir forças com o guarda florestal para salvarem o Parque Jellystone.

A animação Zé Colmeia foi criada pela dupla William Hanna e Joseph Barbera. O personagem surgiu pela primeira vez em 1958 e, desde então, foi protagonista de vários desenhos animados da Hanna-Barbera Productions. O longa-metragem está previsto para estrear nos Estados Unidos em 17 de dezembro. No Brasil, a previsão de lançamento é em 21 de janeiro de 2011.Confira o trailer abaixo.

Um vilão solitário?

A nova animação da DreamWorks Animation, Megamente (Megamind), ganhou novo trailer. Com direção de Tom McGrath (de Madagascar 1 e 2) e produção de Ben Stiller (de Uma Noite no Museu), o desenho gira em torno do super-vilão Megamente (voz de Will Ferrel). Quando ele finalmente derrota seu arqui-rival, MetroMan (Brad Pitt), ele coloca em ação seu plano de conquistar a cidade de Metro City, fazendo diversas tentativas - muitas delas, claro, são frustradas.

Mas viver sem um inimigo ficou muito chato para ele. O vilão precisa ter oponentes à altura para que sua vida tenha sentido e, assim, ele cria Titan, um herói para ter com quem rivalizar (Jonah Hill). Para sua surpresa, o herói também quer ser um super-vilão. No meio dessa confusão, surge em cena a repórter Roxanne Ritchi (Tina Fey), que faz as perguntas que não querem calar: "Quem irar nos proteger?", "Quem irá defender os inocentes?".

Megamente tem estreia prevista no Brasil, em 3D, no dia 3 de dezembro.


Estreia: Wordworld

Apesar de não ser uma estreia recente, vale deixar registrado e dar um toque naqueles que, como eu, estiveram "fora do planeta" por um tempo. O canal Discovery Kids está exibindo o novo Wordworld, que ensina palavras em outro idioma de um jeito divertido. A animação relaciona de maneira lúdica os termos em inglês e seus significados, fazendo com que os pequenos se familiarizem com um segundo idioma. Os personagens são formados pelas letras dos seus nomes em inglês. Há uma ovelha bem fofa formada pela palavra "Sheep" e um porco feito com as letras de "Pig". Tem ainda a formiga "Ant", o sapo "Frog", o urso "Bear" e o pato "Duck".

A cada episódio, essa turma enfrenta desafios e aprende a resolvê-los com o poder das palavras: as letras se juntam e ganham vida para transformarem-se nos objetos que representam, trazendo a solução para os problemas desses inseparáveis amigos.

Ganhadora de três Emmy, a série animada estimula as crianças a redescobrirem o mundo em inglês, incitando o hábito da leitura e a curiosidade por um novo idioma. Para colocar o desenho no ar, o canal contou com a consultoria de Monica Fuhrken, pedagoga e especialista em ensino de inglês, no processo de dublagem parcial e adaptação dos diálogos, com o propósito de apresentar aos pequenos telespectadores brasileiros um segundo idioma.

Os episódios de Wordworld são exibidos de segunda a sexta, às 8h30 e às 19h, no Discovery Kids.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Corujas animadas

A fofíssima animação A Lenda dos Guardiões ganhou novos pôsteres nacional - ao lado você pode conferir um deles. Filme de fantasia dirigido por Zack Snyder (de 300) segue Soren, uma jovem coruja fascinada pelas histórias épicas contadas pelo seu pai sobre os Guardiões de GaHoole, um bando mítico de guerreiros alados que lutaram em uma grande batalha para salvar todas as corujas dos maldosos Puros.

Enquanto Soren sonha em algum dia unir-se aos seus heróis, seu irmão mais velho, Kludd, zomba da ideia, e prefere caçar, voar e tirar a predileção de seu pai pelo irmão mais novo. Mas a inveja de Kludd tem consequências terríveis - fazendo com que ambas as corujinhas caiam de sua casa no topo da árvore direto para as garras dos Puros. Agora depende de Soren realizar uma fuga audaciosa com a ajuda de outras jovens corujas. Juntas elas voam cruzando o oceano e a bruma para encontrar a Grande Árvore, lar dos lendários Guardiões de GaHoole — a única esperança de Soren para derrotar os Puros e salvar os reinos das corujas.

O longa é baseado nos três primeiros de 15 livros assinados por Kathryn Lasky. No elenco de vozes, Hugh Jackman (de X-Men e Por Água Abaixo), Sam Neill (de Jurassic Park e Identidade Roubada), Geoffrey Rush (de Piratas do Caribe: No Fim do Mundo e Munique), Hugo Weaving (de Matrix e Happy Feet: O Pinguim), Emilie de Ravin (de Lembranças) e Helen Mirren (de Intrigas de Estado e Coração de Tinta: O Livro Mágico).

Lenda dos Guardiões tem estreia prevista no Brasil dia 8 de outubro.

Estreia: Princesas do Mar

Desde o dia 12 deste mês, o desenho Princesas do Mar, que fazem grande sucesso no canal Discovery Kids, está no ar também na TV Cultura. A animação é exibida de exibida de segunda a sexta, às 11h30, e narra as aventuras de Polvina, Estér e Tubarina, três jovens princesas que moram no fundo do mar. De forma divertida e engraçada, elas transmitem lições de preservação do meio ambiente e respeito ao próximo.

As Princesas do Mar foram criadas por Fabio Yabu e surgiram como uma série de livros lançada em 2004 pela Panda Books. Apenas seis anos depois, já somam 10 títulos e são conhecidas em mais de 50 países, entre eles Austrália, Alemanha, Itália, França, Áustria, Espanha, Portugal, Cingapura e Israel. A série de animação é a mais longa já criada por um brasileiro: são 104 episódios de 11 minutos. Se você ainda não conhece, vale a pena conferir! O desenho é altamente recomendado para todas as idades.

Cinema: Shrek para Sempre

Para quem não se lembra ou não sabe, vale a pergunta: qual é a origem do personagem Shrek? Dizer simplesmente que ele nasceu no livro de William Steig é muito pouco, mesmo porque praticamente quase nada da obra original foi aproveitado na série de filmes. Na verdade, Shrek é fruto da briga empresarial travada entre dois gigantes do mercado de entretenimento, nos anos 90. Tudo começou quando Steven Spielberg resolveu criar a sua empresa - a Dreamworks - que trazia como um dos objetivos enfrentar diretamente a então toda poderosa Disney no cobiçado segmento dos desenhos animados de longa metragem.

Vale dizer que a Disney era não apenas a líder incontestável deste mercado, como também a própria criadora dos desenhos longos, com o pioneiro Branca de Neve, de 1937. Pois bem, para compor a sociedade da nova empresa, Spielberg simplesmente "roubou" da Disney ninguém menos que Jeffrey Katzenberg, seu principal executivo na área de longas de animação. É dele o "K" da sigla SKG que se vê logo abaixo da logomarca "Dreamworks". O "roubo" teria irritado muito a empresa de Mickey Mouse. E pior: com a transferência de Katzenberg da Disney para a Dreamworks, algumas "estranhas coincidências" faziam crescer os rumores em Hollywood que o executivo teria levado para Spielberg algumas idéias que estavam em processo de gestação na Disney.

Ou, trocando em miúdos, espionagem industrial. Afinal, são inegáveis as coincidências entre FormiguinhaZ (Dreamworks) e Vida de Inseto (Disney/Pixar), só para citar um exemplo. É neste instante que a Dreamworks contra-ataca criando Shrek, desenho animado feito para combater e ridicularizar os estereótipos desenvolvidos pelas Disney desde 1937. O primeiro longa da série, lançado em 2001, é uma hilariante sucessão de alfinetadas contra a concorrência.

Assim nasceu o ogro da Dreamworks: como o anti-heroi anti-Disney, o personagem que veio para detonar e corroer tudo o que já havíamos visto, até então, sobre contos de fadas e desenhos no estilo "princesas". Um sucesso absoluto.Suas duas continuações, porém, lançadas em 2004 e 2007, acabaram abandonando a rebeldia inicial do personagem, e enfraquecendo a qualidade da franquia. Agora, em 2010, chega às telas o quarto (e prometidamente o último) episódio: Shrek para Sempre. Com muito mais talento que o terceiro filme (o pior de todos), mas inevitavelmente sem contar com o frescor da novidade. Agora, Shrek está em crise: a rotina do casamento corroi o instinto selvagem do ogro, que num ataque de raiva e nostalgia sente falta da época em que ele era assustador. Saudades da liberdade da vida de solteiro.

Num momento de ira, Shrek encontra Rumpelstiltskin, sujeito com poderes mágicos que vive de fazer acordos inescrupulosos com pessoas incautas. Seduzido pelo vilão, o herói "troca" um dia de sua vida pela possibilidade de voltar a ser um ogro assustador, sem saber que, com isso, estará jogando todo o reino de Tão Tão Distante num universo paralelo triste e desolador. Dentro da tradição hollywoodiana de que nada se cria, nada se perde, tudo se refilma, Shrek para Sempre é marcadamente a junção de dois clássicos: Fausto, de Goethe, e A Felicidade Não se Compra, de Frank Capra.

Do primeiro vem conceito de vender a alma ao diabo. E do segundo a valorização do homem comum que - inebriado pela possibilidade jamais realizada de ter vivido uma vida diferente - não percebe a importância dos valores humanos mais simples e fundamentais. Contudo, clássicos a parte, a boa notícia é que este quarto episódio fecha a saga Shrek (pelo menos, dizem seus produtores) com mais conteúdo, mais ritmo, mais vivacidade e mais bom humor que seu triste antecessor Shrek Terceiro. É também, de longe, o capítulo mais romântico dos quatro.

Talvez as crianças menores sintam alguma dificuldade em compreender o conceito de "universo paralelo" dentro da história, ou mesmo apresentem alguma rejeição à ambientação mórbida e lúgubre que permeia boa parte da trama, mas o resultado final é compensador. Mesmo porque Burro - sempre o mais divertido dos personagens - volta à sua melhor forma, protagonizando os melhores momentos cômicos. Sim, Shrek perdeu seu viés contestador desde o segundo capítulo, e a saga termina com um claríssimo filme-família. É o preço a pagar por uma Dreamworks que enfrentou a Disney e se tornou - ela própria - um novo ícone de entretenimento familiar. Caso típico de conquistador que assimilou o perfil de seu conquistado. Quem será o próximo desafiante?

celso sabadin*

* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.

Estamos de volta!

O Mundo Animado está de volta. Quero me desculpar pelo "sumiço", mas estive envolvida em projeto que tomou praticamente quase todo o meu tempo... mas valeu a pena! Agradeço a todos que, mesmo na minha ausência, continuaram a frequentar o Mundo Animado e deixar recados. Bem, vamos ao que interessa: muita animação!

shirley paradizo