sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cinema: Megamente

O que aconteceria a um super-vilão caso ele finalmente derrotasse o herói? Quando ele não tivesse mais sua nêmese para combater e se cansasse da facilidade com a qual leva terror e banditismo à população? Uma resposta bastante humorada chega esta semana com Megamente, animação 3D dirigida por Tom McGrath (responsável pela franquia Madagascar).

Sucesso de bilheteria lá fora – só nas quatro semanas desde sua estréia faturou mais de US$ 130 milhões nos EUA –, a animação conta com um elenco estelar, como Will Ferrell (de A Feiticeira), no papel de Megamente, Tina Fey (da série 30 Rock) como Rosana, e Brad Pitt (de Bastardos Inglórios) como Metro Man (na versão dublada ele é interpretado pelo ator Tiago Lacerda). Esses nomes, por si só, já explicariam o sucesso, mas a produção possui qualidades que relativizam essa hipótese.

Com um roteiro inspirado na pergunta “o que aconteceria se Lex Luthor derrotasse o Superman”, a animação conta a história de dois alienígenas enviados para a Terra ainda crianças. Enquanto a nave de um cai em uma família boa e rica, o excêntrico e azulado Megamente aterrisa em um presídio, onde aprende a ser vilão.

Após anos de combates, dos quais sempre sai perdedor, Megamente se prepara para mais uma investida contra seu rival, no dia em que a população de Mega City inaugura um museu em homenagem ao seu salvador. Como em outras situações, sequestra a repórter Rosana (considerada a namorada do herói) e cria uma armadilha para Metro Man.

Quando, inesperadamente, o plano dá certo, o criminoso passa a agir sem freios na cidade, aterrorizando a população e pilhando museus e bancos. O que ele não esperava, no entanto, é que sem um inimigo, sua vida ficaria sem propósito. Conclusão: é preciso criar um novo super-herói para combater. Embora não tivesse sido a primeira escolha para interpretar o protagonista (Ben Stiller e Robert Downey Jr. recusaram o papel), Will Ferrell consegue melhorar o personagem com sua interpretação. Mais do que sua voz, o ator consegue transmitir o seu humor nonsense que faltaria ao personagem.

Embora seja voltado para o público infantil, não faltam razões para tornar Megamente um programa familiar. Para os fãs de quadrinhos, há ainda uma diversão a mais: descobrir quando e quais são as referências que o filme faz a histórias como: X-Men, Superman, Batman, Motoqueiro Fantasma, Capitão América, Flash, Watchmen e Lanterna Verde.

Rodrigo Zavala*

* texto do amigo rodrigo zavala publicado originalmente no site cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte e onde você pode encontrar outras críticas das estreias da semana

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