terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gato de Botas em terras brasileiras

Você já deve ter ouvido e lido por aí que os atores Antonio Banderas e Salma Hayek fizeram uma passagem pelo Brasil para lançar o filme O Gato de Botas (que estreia no dia 09 de dezembro).

Ao lado do diretor Chris Miller e o produtor Jeffrey Katzenberg, a dupla recebeu a imprensa no dia 18 de novembro, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para coletiva e também entrevistas em mesas rodondas. E "euzinha" estava presente nos dois eventos! Abaixo os melhores momentos das entrevistas.
Enjoy!

Antonio Banderas sobre o Gato de Botas - Ele era um personagem que era pequeno quando apareceu no segundo filme do Shrek, e acabou se destacando. É uma figura da qual gosto muito. Ele é multicolorido, com várias facetas, meio canalha e sem vergonha. Também foi uma escolha interessante dar ao Gato uma voz que não se encaixa em sua imagem frágil.

Antonio Banderas sobre sua maior aventura - Sair de meu país, a Espanha, e, aos 30 anos, tentar carreira de ator nos Estados Unidos. Eu não falava bem inglês e entendia muito pouco sobre a cultura daquele país. Naquela época, eram poucos os atores que conseguiam se dar bem por lá. Mas eu encarei este sonho e hoje aqui estou fazendo este fantástico personagem que é o Gato de Botas.

Antonio Banderas sobre sua relação com gatos
- Tenho quatro gatos em casa. E eles são muito bonitos, gostamos bastante deles!

Salma Hayek sobre seus personagens favoritos quando criança
- Em cada momento, foi diferente. O que mais me pegou foi o Bambi, por causa da morte de sua mãe. Pinoquio me assustava muito por causa daquela história da mentira. E por muito tempo fiquei esperando pelo meu príncipe encantado!

Chris Miller sobre a produção do filme - Optamos por deixar de lado a origem verdadeira do protagonista e criar uma história completamente diferente. Quando vimos que tínhamos uma versão contemporânea do personagem, percebemos que poderíamos nos liberar. Ele (o Gato) é perfeito para o formato 3D, pois é pequeno e tem essa personalidade imponente. Conseguimos ver o mundo pelos seus olhos. Criamos uma trama que funciona também em 2D, mas fica muito melhor no novo formato.

Antonio Banderas sobre a voz do Gato
- O normal seria ter uma voz condizente com o tamanho do personagem, mas nós fomos na direção oposta, criando uma voz profunda, grandiosa. Depois fomos atrás da criação do personagem. O personagem foi crescendo, participou dos filmes 2, 3 e 4 da série Shrek e agora estamos aqui, com o filme solo. E já penso numa continuação.

Jeffrey Katzemberg sobre o cinema 3D - O mercado de 3D cresceu muito nos últimos 3 anos e teve saltos com Avatar e Como Treinar seu Dragão e também sofreu quando viu filmes não tão bons, que afugentaram o público, que não gostou da ideia de pagar a mais por eles. Parece que Hollywood aprendeu a lição e está fazendo filmes que realmente valham a pena. Recebemos muitos elogios com o Gato de Botas e hoje em dia você vê ainda cineastas como Spielberg e Scorsese fazendo trabalhos usando o 3D. O mercado brasileiro tem muito espaço para crescer. Temos aqui 450 salas contra 4 mil salas nos Estados Unidos. O futuro para o público que gosta de cinema no Brasil é espetacular. Sabemos da importância do Brasil, por isso estamos aqui.

Banderas sobre a dublagem em outros idiomas
- Além da versão original em inglês, também gravei uma versão em espanhol e uma em italiano. Mas não me atrevi a fazer a versão em português. Adoro a língua, mas não tenho ainda como me aventurar por aí.

Salma Hayek sobre a dublagem -Também dublei para o espanhol e o italiano. A próxima vez faremos a dublagem em português e os gatos vão sambar. O filme é parecido com a vida real, porque nele a gata sai para salvar o macho, tal qual acontece normalmente na vida real.

Antonio Banderas sobre seus novos trabalhos - O cinema proporciona estilos e formas diferentes. Gato de Botas é divertido e tem muito brilho. Depois, vamos para A Pele que Habito [parceria com Pedro Almodóvar], que é escuro, denso. Como ator, o que mais gosto é achar esses personagens. Filmes são arte. São criação de algo. É a possibilidade de ser deus, como disse Almodóvar uma vez.

Salma Hayek sobre dublagem
- Prefiro ver os filmes no seu som original, com legendas. É difícil superar a interpretação original. Mesmo com as animações. Quando gravamos a voz original, estamos criando os personagens. Tudo é gravado com câmeras, onde são captados os maneirismos e tudo mais. Já quando dublamos, temos que nos preocupar em fazer as falas caberem nos movimentos dos lábios e ali alguma coisa sempre se perde.

Antonio Banderas sobre a importância do Gato - Talvez as pessoas possam pensar que o filme é uma espécie de continuação de Shrek, mas não é. Tem mais de Sam Peckinpah e Sergio Leone do que uma continuaçao de Shrek. E eu considero o Gato de Botas um personagem importante na minha carreira, pois foi justamente o sucesso dele na franquia Shrek que fez com que o felino ganhasse um filme próprio. Talvez as pessoas possam pensar que o filme é uma espécie de continuação de Shrek, mas não é. O Gato tem sua própria personalidade e potencial e o filme é novo, diferente e tem segue seu próprio caminho.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Oscar e animações

Para quem ainda não viu, a The Academy of Motion Picture Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood) anunciou a lista oficial com os 18 filmes inscritos na categoria de Melhor Longa de Animação no Oscar 2012. Os 5 fnalistas serão divulgados somente no início do próximo ano. Minha torcida já fica aqui registrada para O Gato de Botas, Rango, Rio, Um Gato em Paris e As Aventuras de Tintim.

A 84ª edição do prêmio acontecerá em 26 de fevereiro de 2012, no Kodak Theatre. Confira abaixo os inscritos.


As Aventuras de Tintim
Alois Nebel

Alvin e os Esquilos 3

Operação Presente

Carros 2
Um Gato em Paris

Chico & Rita
Gnomeu & Julieta
Happy Feet 2: O Pinguim

Deu a Louca na Chapeuzinho 2

Kung Fu Panda 2

Marte Precisa de Mães
O Gato de Botas

Rango

Rio

Os Smurfs

O Ursinho Pooh

Wrinkles

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cinema: Happy Feet 2 - O Pinguim

A animação Happy Feet 2: O Pinguim segue a mesma fórmula do filme original de 2006, no qual o protagonista Mano precisava aprender a sapatear. Aqui, é o filho dele, o pequeno Erik, que tem fobia das dancinhas do seu grupo e é incapaz de se adequar a uma coreografia. E qual a diferença entre uma coisa e outra? Em 100 minutos de filme, que circula somente em cópias dubladas, isso não fica muito claro. A maior ambição recai sobre o visual 3D.

Esse bem-explorado visual 3D é a grande (senão a única) justificativa da existência do filme. O colorido, os detalhes da paisagem gélida da Antártida e do oceano tentam compensar a falta de imaginação da narrativa, altamente previsível. Assim, o diretor George Miller (de Babe, o Porquinho) até consegue varrer para debaixo do tapete de gelo a deficiência do roteiro.


Happy Feet 2: O Pinguim apóia-se naquele alicerce básico que sustenta a maioria dos filmes infantis: seja você mesmo e será feliz. Nada contra essa máxima, até porque faz certo sentido. Mas bem que se poderia procurar algo mais criativo a dizer às crianças ou uma forma melhor, mais sutil, de transmitir essa mesma mensagem.

Não é apenas o pequeno Erik (Yago Machado, na versão brasileira; Ava Acres, na versão original) que descobre a si mesmo. Há também o próprio pai, Mano (Daniel de Oliveira/Elijah Wood) e o krill Will (Sérgio Stern/Brad Pitt). No fundo, o filme é uma sessão coletiva de autodescoberta e aceitação numa embalagem fofinha.

Erik e uma dupla de amigos vão atrás do pinguim latino Ramón (Guilherme Briggs/Robin Williams) e conhecem um pinguim capaz de voar. Quando um acidente ecológico deixa isolada toda a turma de pinguins imperadores, o pequenino, seus amigos e seu pai é que tentarão salvá-los.

É uma trama um tanto deslocada, que aparece do meio para o final do filme para enriquecer um pouco o roteiro. Contam também com a ajuda do pinguim-guru Amoroso (Sidney Magal/Robin Williams, novamente).


A dupla de krills é o detalhe de maior graça e originalidade do longa. Talvez merecessem um filme só deles, retratando como um ser na base da cadeia alimentar se esforça para se tornar um predador assustador. A exibição em 3D, aliás, ajuda a dar uma grandiosidade à dupla, transformando os minúsculos invertebrados em seres gigantescos e interessantes.

alysson oliveira*

* texto do amigo alysson oliveira, publicado originalmento no site cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ParaNorman em seu primeiro trailer

Enquanto estive fora do planeta, correu pela internet o primeiro trailer de ParaNorman, animação assinada por Laika Entertainment em parceria com a Focus Features (empresas responsáveis por Coraline e o Mundo Secreto).

Com história baseada em roteiro original de Chris Butler, o desenho se passa numa pequena cidade do interior que é invadida por zumbis. O pequeno Norman, que possui a capacidade de falar com os mortos, é o único que que poderá dar um jeito nessa situação.


Além dos zumbis, ele vai ter que encarar fantasmas, bruxas e, o pior de tudo, adultos idiotas, para salvar sua cidade de uma maldição centenária. O jovem médium, porém, pode acabar tendo suas atividades paranormais levadas aos limites do outro mundo.


Produzido em stop-motion 3D, ParaNorman tem direção de
Chris Butler (supervisor de storyboard em A Noiva-Cadáver e Coraline) e Sam Fell (diretor de O Corajoso Ratinho Despereaux e Por Água Abaixo).

ParaNorman está previsto para estrear nos cinemas em 17 de agosto de 2012. Confira o trailer abaixo.

Estreia: Kung Fu Panda - Lendas do Dragão Guerreiro

Chegou ontem, dia 23, no Nickelodeon a nova série Kung Fu Panda: Lendas do Dragão Guerreiro (todas as quartas, às 18h), um desenho inspirado nas aventuras do urso Po. A animação, claro, acompanha Po em seus treinamentos para se tornar um grande herói nas artes marciais.

O atrapalhado panda está agora vivendo um momento único em sua vida – ele assumiu novas responsabilidades e tem novos adversários. Po agora é o líder dos Cinco Furiosos e, ao lado da Tigresa, do Macaco, da Garça, do Louva-A-Deus, da Víbora e do Mestre Shifu, irá encarar muitos perigos, aventuras e diversão na telinha.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Os Muppets viram personagens de Crepúsculo

Depois de brincar com vários filmes em seus trailers, como Lanterna Verde, os bonecos de Os Muppets agora estampam divertidos cartazes como se fossem os protagonistas da saga Crepúsculo.

Na história, Walter, que é um grande fã dessa turma, quer evitar uma grande tragédia: a destruição do Teatro Muppets por um vilão que deseja demolir o local para encontrar petróleo em seu solo.
Para salvar o teatro, Walter precisa ajudar Kermit (o sapo Caco, que, no filme, ficou com o seu nome americano) a conseguir dinheiro.

E único jeito é reunir novamente a galera de bonecos para realizar um
grandioso show. Mas não vai ser uma tarefa tão fácil. Todos os Muppets agora seguiram caminhos diferentes. Fozzie tem uma banda e Piggy virou editora de moda de uma revista…

Os Muppets
estreia nos cinemas no dia 02 de dezembro. Confira os pôsteres abaixo.

* texto publicado originalmente no blog da revista recreio

Pica-Pau nos cinemas?

Se você, como eu, andou fora do planeta por umas semanas, saiba que nesses últimos dias muita coisa bacana aconteceu no mundo da animação. Então, aos poucos, vou começar a postar as novidades mais interessantes e também as estreias do mês.

A primeira, é o burburinho que tomou conta da rede sobre uma possível versão cinematográfica do desenho Pica-Pau para os cinemas. Ao que tudo indica, o responsável pela proeza será o estúdio Universal, o mesmo de Meu Malvado Favorito. A ideia é tentar criar uma história que modernize o personaggem, possivelmente transformando-o numa franquia cinematográfica.

John Altschuler e Dave Krinsky, que escreveram para série O Rei do Pedaçõ e trabalharam no ainda inédito - e lendário - longa-metragem de Os Jetsons, devem cuidar do roteiro do filme.

O Pica-Pau surgiu na década de 1940 como figurante de Andy Panda, no episódio Knock Knock. Embora tenha virado febre nos anos 1940 e 1950, o personagem só ganhou um show próprio em 3 de outubro de 1957. Desde então, o desenho teve muitas versões. A útlima foi produzida entre 1999 e 2003.